Nina é sentimentalista, extrovertida e dinâmica assistente social. George é um conceituado professor, sensível e extremo romântico, exímio carinhoso. Quão comum é o destino? No filme A razão do meu afeto ambos tiveram relacionamentos terminados, recentemente. A surpresa? Nina está grávida, George é gay. A química da amizade se mescla com o teor de afetuosidade, ambos decidem dividir o mesmo teto. O que une esses dois opostos? A alta plenitude da solidão, o desconsolo da frustração amorosa e o abandono alheio. Nina e George são solitários, cansados de se sentirem secundários e almejam jamais terem que vivenciar as inconstâncias das pessoas. O mais gostoso no roteiro de Wendy Wasserstein, baseado no livro de Stephen McCauley: diálogos íntimos de um para o outro, contextualizações do cotidiano com naturalidade e aprofundamento de convivência dos personagens. Papos francos, objetivos e consistentes. O ser humano é incondicionalmente carente. Como sobreviver a isso? George é a personificação da problemática geral homossexual: busca independência perante as decisões, ávido por satisfação própria e é motivado pela busca por um modelo de fidelidade amorosa. Ele é o misto da masculinidade intelectual com o charme passional. A amizade de ambos é fortalecida com bastante familiaridade, afinidade e cumplicidade. Ao passo que George exerce seu papel de conselheiro sobre a fragilidade de Nina - ela passa a adquirir desejo por ele. Mas George é assediado, constantemente, por teenagers e homens casados.
O filme, dirigido com afinco por Nicholas Hytner, é um estudo simplório sobre desejo, nuances da sentimentalidade e motivações sexuais. O conflito? Ele, ao mesmo tempo em que preza por viver ao lado da amiga, cuidando de seu bebê, como um pai educacional presente, confortando-a: não consegue retrair seus ímpetos sexuais por homens, não foge de sua condição e o desejo arde. Nina vive o martírio de estar apaixonada pelo amigo, mas investe decidida a mudá-lo. Há cenas dinâmicas, entrecortes eufóricos e situações de leve humor. Um roteiro bastante espirituoso onde as relações humanas são acentuadas. O argumento-mor: o que define a carência humana? Qual limite entre amizade e paixão? O amor é conseqüência? Há questionamentos sobre limites da amizade, compreensões sexuais e até do próprio coração.
Nina e George são seres em busca da auto-necessidade de preencher um vazio existencial, em função disto ambos se sustentam pela afeição incondicional, precisos vulneráveis. Quem nunca clamou carinho que atire a primeira pedra. A sensibilidade é a divisão do amor com a dor da carência que permeia todos os atos dos dois, com muita personalidade emotiva.
O final realista torna mais indispensável, além do entrosamento notório de Jennifer Aniston com Paul Rudd - carismáticos, cativantes em cena, delineando talento em uníssono duelo de ternura. No amor e no sexo não existem regras, contudo o sentimento sempre fala mais alto, eis o senso de direção da humanidade.
O filme, dirigido com afinco por Nicholas Hytner, é um estudo simplório sobre desejo, nuances da sentimentalidade e motivações sexuais. O conflito? Ele, ao mesmo tempo em que preza por viver ao lado da amiga, cuidando de seu bebê, como um pai educacional presente, confortando-a: não consegue retrair seus ímpetos sexuais por homens, não foge de sua condição e o desejo arde. Nina vive o martírio de estar apaixonada pelo amigo, mas investe decidida a mudá-lo. Há cenas dinâmicas, entrecortes eufóricos e situações de leve humor. Um roteiro bastante espirituoso onde as relações humanas são acentuadas. O argumento-mor: o que define a carência humana? Qual limite entre amizade e paixão? O amor é conseqüência? Há questionamentos sobre limites da amizade, compreensões sexuais e até do próprio coração.
Nina e George são seres em busca da auto-necessidade de preencher um vazio existencial, em função disto ambos se sustentam pela afeição incondicional, precisos vulneráveis. Quem nunca clamou carinho que atire a primeira pedra. A sensibilidade é a divisão do amor com a dor da carência que permeia todos os atos dos dois, com muita personalidade emotiva.
O final realista torna mais indispensável, além do entrosamento notório de Jennifer Aniston com Paul Rudd - carismáticos, cativantes em cena, delineando talento em uníssono duelo de ternura. No amor e no sexo não existem regras, contudo o sentimento sempre fala mais alto, eis o senso de direção da humanidade.
28 opinaram | apimente também!:
Otima dica!
Assistirei com meu amor!
Gente olha só que eu encontrei por aqui!!! Contreiras, te acompanhava naquele seu blog mui excitante que não recordo o nome agora e tu me lias no "sempre Chove", lá em meados de 2006.. adorei o blog. Só não vi o filme, mas pela boa crônica vou arriscar uma passada na locadora (sim eu ainda loco filmes, prefiro a baixar ilegalmente da internet)
beijocasss
Querido Cris:
Que bacana esta dica de "Razão do meu Afeto". Realmente é um filme lindo e tocante. O elo que une os protagonistas é uma carência que depois vira dependência. Eles são tão perfeitos, tem tanta afinidade, só não partilham da mesmo interesse sexual.Acho que o melhor do filme é mostrar que o amor surge até entre os diferentes. Beijoss e linda semana.
que triste.
Sempre achei esse filme subestimado. Vc conseguiu iluminar as muitas camadas que o filme apresenta aqui. E Rudd e Aniston, que mais tarde se cruzariam em Friends,estão realmente cativantes.
ABS
Olha eu aqui!
Hun boa pdida esse filme!
quero vc me visitando tb ! rs
bjux
muita vontade ver esse filme
Cristiano,
obrigado pelo comentário no meu blog! De verdade. Vou te seguir também.
Sobre o filme: ainda não assisti, mas, pelo o que você escreveu, deu vontade de vê-lo.
Abraços.
Nunca tinha ouvido falar sobre esse filme, mas pretendo assisti-lo por conta de suas palavras...
Apesar de não gostar muito da ex-friends, a história me chamou a atenção, e gosto muito do Paul Rudd, apesar de só ter visto comédias com ele até o momento...
Gostei muito!!!
:-)
Beijo
Nunca vi o filme, mas vale como uma boa dica.
Jennifer Aniston e suas comédias românticas, porém, esse parece ter um ar diferente.
Abraço.
Cris,
o que posso dizer deste filme?
Só tenho o seu texto de referencia...
vou vê-lo quando puder.
interessante!
Abs!
adoro esse filme mostra uma forma diferente de amor de uma forma bela e sutil
Cris,
Viu? rs Eu falo. Me explica, aonde vês básico nisso????
No seu texto vi principais três coisas e uma delas foi a que mais percebi, você definiu muito bem -- mesmo eu não tenho assistido e muito menos nem tendo conhecimento -- o personagem de George. Foi como se ele tivesse ali na tela. Aproveito o espaço pra falar do pôster, esse tom meio roxo/rosa com o rosto dos dois é muito bonito. Depois veio a convivência que surgiu do conflito e lá você novamente. No comecinho, quando disse dividir o mesmo teto, lembrei de Will and Grace. Por fim, o do sentimento falando mais alto no final. "Quem nunca clamou carinho que atire a primeira pedra", haha.
Sinto muito menos de não poder baixar esse pra ver... agora mesmo. Obrigado ^^
Ahhh.. e sobre certas mudanças no blog de um certo Cris ai... deixo ver... achei mto show esses iconezinhos ali embaixo. Destaques pra foto do James Jim, Audrey e Chaplin. Ahh! Mas tem outra mudanças na lateral também... dessas de quando digo "foi-se o tempo"... pois é... 11 selos agora... tsc tsc tsc... brincadeira.
Abraço meu Amigo ^^
Não lembro desse filme.
"No amor e no sexo não existem regras"
Noossa, foi a frase mais picante que vc já escreveu, muito subliminar!
O mundo tá cheio de "vazios existenciais!"
Amo vc xu.
prioridade ana minha lista aqui cara!
Bacana a frase final :)
Oi Cris!
Esse eu vi, muito legal como abordaram o tema!
Abraço!
Interessante, confesso que nunca vi esse filme, vou procurar.
bjs
curti a ultima frase, q fala do amor e do sexo não ter regras... (como já observou a Juliana, alí em cima...)
abs.
É um bom filme que faz um tempinho que não vejo. Lembrei aqui da cena que a menininha canta "You Gotta Be", da Des'ree. Fofo.
Poxa, desculpa pelo sumiço... rs Então, eu gosto da jeniffer Aniston, mas só quando ela faz um drama. Não conhecia esse, mas achei o tema muito interessante, quero ver onde vai parar essa história.
Abraço.
Assisti esse filme a muikto tempo atrás, é um bom filme mas creio que acaba sendo tomado apenas por uma comedia romantica embora tenha sim toda essa carga humanitaria que você salienta.
Abraço!!
Opá! Tudo bom?
Acabo de chegar ao mundo dos blogueiros cinéfilos, vou adicionar ao blogroll, beleza?
Não vou com a cara do Paul Rudd!
Oi querido, estou às voltas!
Adorei sua resenha, tão delicada, as palavras fluiram e eu fiquei carente de assistir este filme.
Interessante é perceber que um ser carente não escolhe ser abraçada por um gênero em sua carente dor, está acima de opção sexual e sim, é possível haver algumas fantasias a depender da relação que se tem.
No caso de um relacionamento de uma mulher heterossexual com um homem homossexual há uma amizade sincera que, quando muito verdadeira, pode ultrapassar os limites de ser só aquele "amigo gay" estigmatizado por tantas mulheres como a amiga de calças. Ele acaba sendo um grande amor, um diferente tipo de amor.
Tenho um amigo gay muito especial e, meu desejo por ele está além de questões físicas. Ele é um grande amigo, incondicionalmente especial. Penso nele como um cara que eu queria que fosse o pai dos meus filhos, na boa!
Já com um outro, em uma época carente (e como ele é irresistivelmente perfeito e carinhoso), eu cheguei a sentir-me altamente tentada. As fronteiras são sempre arriscadas também.
Beijo!
Ainda não vi este filme! Mas achei que se tratasse de uma comédia romântica não??? Lendo, me pareceu um belo drama! Digno de ser assistido!!
Tenho me afastado de comédias românticas... tão clichês!!! Ultimamente tenho preferido um bom drama, de chorar, e muitos de ação/aventura!! Se tiver na minha locadora A Razão... vou locar!!!
Um abraço!
Bah, Cristiano, que bom que encontrei alguém que também gosta desse filme. Sou apaixonado por ele desde que o assisti no cinema, em 1998 (e lá se vão 12 anos...)
Já vi e revi e sempre que vejo me emociono com todas as camadas que ele apresenta sem tons professorais e/ou condescendentes.
Um grande trabalho de Jennifer Aniston e uma sensível atuação de Paul Rudd. E a versão de Sting de "You were meant for me" é linda, também.
Cris,
Suas palavras dançam harmoniosamente quando a gente lê... ainda tinha os seus escritos em mente quando fui ver o filme, e fui ver todo esperançoso... e num é que você não erra na indicação? Nunca, pelo menos pra mim. É... viver secundariamente e sob as inconstâncias das pessoas é algo complicado e só agora com o filme na cabeça e conversando contigo que entendo o que escreveu. Misto da masculinidade intelectual com o charme passional... e que como disse pra você... ainda bem que encontrou Paul, haha. Ia ficar meio frustrado se ambos acabassem sem ninguém. Ahh.. comédia romântica tem que ser assim mesmo ué, tá lá pra divertir os carentes hummm... kkkkkkk E Aniston... alterna entre o hilário e o drama como ninguém.... observo isso desde os tempos de Friends. Incrível né? E linda. Simpática. Que contribui mais ainda. São situações de desconforto que fazem a gente rir... o rosto dela, mais a feição do Paul Rudd... combinou muito bem. Um filme perfeitinho.
A cena do quase-sexo também gostei muito. Merece ser vista pelo menos duas vezes não? Preciso confessar também, teve alguns diálogos que eu voltei o mouse na linha de reprodução e assisti de novo. Eu detesto fazer isso quando o filme tá em execução, mas tem coisas que me marcam e eu preciso ver de novo. Ahh, eu gosto de comédias românticas sim e ponto, hunfff... rsrsrs
Ah, e tem a música do Gene Kelly lá também... I was meant for you and you were meant for me... ficou na minha cabeça, hum.
Qual o limite entre a amizade e a paixão, pois é.
Abraço meu Amigo ^^
Postar um comentário