Sabe quando sentimos a necessitade de vivenciar um tempo não vivido? É o que ocorre ao término de Quase Famosos. É impossível ficar imune ao clima rock'n'roll concebido pelo filme. A premissa? É a história do amadurecimento de William Miller (o alterego de diretor e roteirista do filme, Cameron Crowe), um garoto que teve a vida transformada pelos álbuns de rock que sua irmã deixou quando foi embora de casa - a cena em que Miller abre o pacote cheio de vinis, e observa as capas dos discos com o mesmo encantamento de um menino que acaba de descobrir algo proibido é memorável, cena altamente antológica. O jovem precoce cresce e, aos 15 anos, tem a música como lema de vida, adora fazer crítica de rock e acaba recebendo a missão de fazer um frila como jornalista para a famosa revista Rolling Stone. Sua missão: acompanhar a turnê da banda Stillwater que, a caminho de se tornar uma banda famosa, vive imersa em desentendimentos e confusões, tudo sobre o atento olhar do jovem repórter. Durante a viagem, William faz amizade com os músicos e acaba se apaixonado por uma das groupies. Você confiaria em um jornalista de apenas 15 anos? O filme traz um retrato claro e íntimo das pessoas que fazem e admiram a música. Trata a relação ídolo x fãs com maturidade, discutindo a importância mútua dos dois lados no alcance do sucesso. Os bastidores, as festas regadas a muita bebida e drogas são o pano de fundo dos conflitos destes jovens apaixonados pelo rock. De David Bowie a Led Zeppelin, Elton John a The Who e inúmeras belas canções de Black Sabbath, The Beach Boys e Nancy Wilson. É rock para o coração e também para os ouvidos, pulsando em cada cena do filme. O universo musical dos anos 70 é revelado com carinho e olhar apaixonado de um jovem observador que, acima de tudo, é um ardoroso fã. O crocante do chocolate são os pequenos momentos do filme, aqueles que transferem humanidade aos personagens: as trocas de olhares entre o jovem William Miller, interpretado magistralmente pelo então novato Patrick Fugit e sua sensual amiga band-aid Penny Lane - uma Kate Hudson inspirada, como perdeu o Oscar por uma atuação tão intensa? Há sutilezas no desenvolvimento da própria maturidade do jovem, como na cena que perde a virgindade, de forma natural e até com certo teor de inocência. Não restam dúvidas que a conexão emocional de Cameron Crowe com o material fez toda a diferença ao resultado final da película. Por mais que seja narrativamente impecável e atuado com maestria, o filme acaba tocando o espectador por possuir coração e alma, algo cada vez mais ausente no cinema atual. É possível sentir em cada frame da obra a dedicação, o cuidado e a reverência de Crowe com o material. A música embala o filme com perfeição cinematográfica. O elenco coadjuvante também responde à altura com entrosamento: Billy Crudup conduz com charme-cativante o guitarrista da banda Stillwater, ao lado do vocalista interpretado com expressividade por Jason Lee. Frances McDormand e Anna Paquin tem também atuações cicatrizantes. Como não ser movido pelo sexo e rock'n'roll? Quase Famosos não é um documentário sobre aquele tempo, e sim uma declaração de amor de um cineasta completamente apaixonado por música.
Há 9 horas
31 opinaram | apimente também!:
o único problema do filme é o ator que interpreta o protagonista. muito ruim!
ótima definição: amor à música. embora não seja um grande filme, é divertido.
abraços!
Achei um filme divertido. Ao contrário do Marcelo, achei excelente a atuação de Patrick Fugit. Ele consegue transmitir com perfeição toda a insegurança e imaturidade que há em um adolescente que começa a, de certa forma, desbravar o mundo.
esse filme é jóia... lendo vc deu até vontade de ver de novo... e aquela cena quando todos acham q o avião vai cair? hahahahaha
rapaz, gosto cada vez mais do seu ponto de vista, da forma como escreve, em suma, daqui.
grande abraço
eu gosto batante do filme ,uma dos poucos que salvam da kate hudson e a anna paquin jah dava sinais da da atriz que ela é vide true blood.
Vale a pena ser visto, na minha opinião. Concordo com o que já foi dito, não chega a ser um grande filme, o protaganista não deu tudo de si, mas claro que isso não tirou do filme o que ele tinha pra passar ao público. Na verdade aqui todos nós estamos fazendo análises subjetivas e mais que isso o filme tem em si que o torna agradável e comercial.
Abraço
Olá, o apimentário está lá entre os que o Tempo Moderno recomenda. Abraço.
Um belo filme mesmo! Fechou os anos 90 com chave de ouro. A história da relação fã/ídolo me comove até hoje.
Abraços!
Simplesmente cativante! Um filme obrigatório para quem gosta de Rock´n´roll.
Achei a atuação de Patrick Fugit na medida para o personagem, ou seja, bastante inocente...
Abraços
Ah, não é nada pessoal, mas sempre quando entro aqui tem 3456453434 de comentários, e juntando um pedaço de um, pedaço de outro acabam falando oq eu ia comentar!
Quanto ao filme, eu sou suspeito pra falar pq eu gostei de tudo que o Cameron Crowe fez!
Esse filme é maravilhoso, nao tenho nada a reclamar!
Simplesmente AMO esse filme, não sei dizer o porque, mas tocou o meu coração e minha alma....aff..rss
Mais do que uma declaração de amor a música, é uma biografia disfarçada do próprio Crowe.
Esse não é mesmo o filme que eu pensei que fosse quando você me disse sobre ele. E cada texto que eu leio seu acho um melhor do outro. Você colocou bastantes coisas sobre esse e deu pra perceber sua paixão pelo filme rsrs. Ficou excelente, cris. Decidi que quero assistir bem na parte que li sobre o rock pulsando no coração e nos ouvidos, foi bem inspirador, hehe. E Kate Hudson? É ela na capa? Acredita que eu não ia adivinhar? Com ela só assisti Como Perder Um Homem em 10 Dias.
De qualquer modo, é mais um que quero assistir, tenha certeza absoluta disso. Você conseguiu, e nã falo isso pra agradar não, mesmo mesmo.
abraço, amigo
Cris, acho este o melhor filme do Cameron Crowe (melhor que o chatinho Jerry Maguire). E faço coro ao Marcelo Mayer: o protagonista é inerte.
Ótimo texto, abs!
Este filme eu ainda não o vi :( E já mts o recomendaram...
- Posso dizer que é divertido... pq é "amor".
Adorei sua visiita e seu cantinho tb
Passarei amis vezes por aqui siim=]
Beiijos Mil'
Mas que ótimo Blog!!!!!!!! Também sestou te seguindo!!!!!!!
Fala rapaz!
Bela "desconstrução do filme". Confesso que Quase famosos não surtiu o mesmo efeito em mim, que imagino tenha surtido em vc. Contudo, eu concordo com a análise que vc fez da "obra" e de sua simbiose com Crowe. Vc sente o carinho do diretor enquanto vê o filme.
Grande abraço!
OI,
Vim visitar e gostei muito do seu blog "apimentado"! Passe lá nos meus para uma visitinha tbm...
Abraço,
Claudia
Já te falei o qto gosto de pimenta?!
ADoroooooooooooooooO
Bjinn
=D
Não consigo parar de fazer uma pergunta: por que este filme não ganhou o Oscar? Há muito tempo que eu não via um filme que me prendesse do início ao fim. Kate Hudson está perfeita.
Um conjunto de personagens perfeitos personagens, eles são tão autênticos! Muita personalidade! Penny Lane é fantástica, tão segura de si e ao mesmo tempo tão perdida. A trilha sonora é deliciosa.
Belo texto. Vc escreveu tudo sobre este simpático e ótimo filme.
Imnperdível para quem gosta de rock, não só da música, mas do universo que cerca, ou melhor, cercava as bandas de rock naquela época.
E só Kate Hudson já vale o filme.
Abraço
Ainda não vi o Quase Famosos e quero muito ver. Penny Lane é linda.
abs
este filme é fabuloso! deixa um clima de nostalgia tão bom...
Pode deixar q seguir coisas, pessoas, lugares, bons é comigo mesmo rsrs .. seu blog é super atual e jovem. Gostei muito
Abraços
Eu adorei esse filme quando eu assisti, uma verdadeira ode ao Rock and Roll! Além de ser uma história cativante, a trilha sonora é inesquecível, com destaque para Tiny Dancer. Eu preciso escrever sobre esse filme no meu blog JÁ!
Parabéns pela crítica
Adorei.. quero ver esse
Um bom filme. Um retrato bem rasgado e acertado daquela época musical. Provavelmente a melhor interpretação de Kate Hudson.
Abraço.
Excelente filme, é um dos meus prediletos.
Amor ao cinema, amor a música, tudo de bom mesmo
Oi, Cristiano. Putz. Adorei a tua crítica. Esse filme é uma pérola do cinema e merecia muito mais reconhecimento. A forma com que o diretor Cameron Crowe concebeu a "Quase Famosos" é como uma declaração de amor ao rock setentista, ao mesmo tempo em que diz que esse estilo está morrendo. Não tem como não se apaixonar pelos personagens. Contrariando o comentário do Marcelo Mayer (com respeito...) eu gostei muito da interpretação serena do Billy Crudup. E faço eco às tuas palavras sobre a Kate Hudson. Aliás, penso que ela não conseguiu mais repetir a interpretação tão hipnótica em outros filmes (até porque se enveredou pelas comédias românticas...). Excepcional e inteligente a tua crítica. Forte abraço.
Ain Cris vi esse filme esta semana, e é incrivel, tudo ali é incrível, dá aquela sensação de vc está ali, vivenciando aquela época, por mim esse filme poderia ter umas 15 horas !
AUHSHAUHSAUHSUA
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