Degustando Crepúsculo

Em Crepúsculo, a relação de Edward e Bella é contextualizada no condicionamento do impossível: diante das adversidades da oposição do vampiro com a humana. Quando ele conhece Bella, o fascínio é justamente o odor de sangue exalado pelo seu corpo frágil feminino. A atração de Bella por ele é justamente no mistério inicial: ela desconhece as motivações dele, a origem e o comportamento do rapaz é charme atraente, antes mesmo da conscientização de que ele é um vampiro - Bella incondicionalmente sente-se tentada a experimentar um pouco da introspecção que Edward exala. O tesão é evidente: Bella se sente atraída pelos gestos, pelos tons variados dos olhos e pela personalidade dele. Sob a ótica dela, a beleza do rapaz é algo inumano e inspiradora. Logo após a revelação de que ele é um vampiro e que não tem apenas 17 anos de idade, Bella se mostra ainda mais disposta: quer beber de todas as fontes da ancestralidade de Edward, almeja estar ao lado dele. A atração de um com o outro pode ser justificada: Bella é de poucos amigos, atípica garota e vive uma vida beirando à monotonia. Seria a cidade Forks a fuga para seus problemas? A curiosidade e o desejo dela por Edward se manifesta logo nos primeiros momentos: quando ele se senta ao seu lado na aula de biologia mesmo, é inevitável seu tesão a primeira vista.

Há um tom de proibição ou amor-condenado desde o princípio, tanto que no livro a própria autora, Stephenie Meyer, declarou que a maça que ilustra a capa do livro representa o fruto proibido do livro da Gênesis. Seria o amor de Bella e Edward algo semelhante à árvore do conhecimento do bem e do mal, como se firma implícito pela citação de Gênesis no começo do livro? Bella, ao passo que se evidencia apaixonada pelo rapaz imortal e de pele fria, sente necessidade de estar sendo compartilhada pelo cotidiano dele. Edward deseja o sangue de Bela e ela deseja o corpo do vampiro. Estar com ele é um perigo mortal porque sempre está lutando contra o desejo por seu sangue. Edward não é o vampiro clássico: mas será que ninguém percebe que o foco argumentativo do enredo de Crepúsculo é puramente na plenitude do sentimento?

O conflito é na condição de Edward ser vampiro e não é esta questão que é primordial. Tipico byroniano, sensível e vegetariano - eis Edward, a contextualização do novo vampiro contemporâneo? Sente o tormento em viver condenado a uma imortalidade, ainda mais por sentir necessidade de proteger Bella, irrevogavelmente. Ele age instintivamente como um adolescente, não que seja imaturo, mas é sua fragilidade que o determina como tal. É essa luta interna dele que serve como metáfora para a sua tensão sexual de se externar como um adolescente: Bella vê seu relacionamento como uma paixão cega, mas é inevitável não vivenciá-lo. Amor é dor e ardor? Decerto, a relação dos dois é vertiginosa, inicialmente. Mas, nem tudo são flores. A dualidade e o contraste da imortalidade dele com a brevidade dela é árdua. Meyer consegue atingir a psique feminina? Convém esclarecer o posicionamento ideológico da autora relativamente à sexualidade, ao amor e à transcendência. Stephenie Meyer tem uma visão transcendente da vida, e no seu romance aborda assuntos como a existência da alma, a maldade intrínseca de algumas ações, a necessidade de sacrifício e de generosidade no amor e a real importância da fidelidade aos compromissos.

Na transposição para a adaptação do filme: é nítido o foco nos elementos da essência da obra literária. O entrosamento entre Robert Pattinson e Kristen Stewart conceituam a trama não convencional vampírica. Basicamente o enredo estrutural do roteiro se divide em duas formas: primeiramente a situação da adolescência, depois os elementos de horror. Bem mais que uma história de vampiros colegiais, é uma simples narrativa poderosa de primeiro amor. Não se baseia em nenhuma convenção de gênero vampiresco, Meyer recriou e desenvolveu próprios conceitos sobre o mito dos vampiros, em função disso há a contextualização de "vegetariano", pois os vampiros - inclusive Edward - evitam se alimentar do sangue humano.

E a direção de Catherine Hardwicke se mostra sempre constante. Ainda que não inovador, a diretora consegue exercer momentos conceituais, quase todos passados na floresta, como o momento em que Bella e Edward discutem pela primeira vez a condição dele (onde muitos takes são iniciados com foque nas árvores e a câmera, em treavelling, percorre inquieta para os lados até encontrar o casal) ou quando ele a leva para cima de uma árvore (a edição e fotografia mostram a paisagem exuberante acima) e certas frases de efeito. A trilha sonora de Carter Burwell é realmente pura poesia, incontestável. Talvez, o maior mérito do filme seja na valorização da sentimentalidade e o fato de refletir bem o complexo discurso interior de uma adolescente, especialmente em questões afetivas e existenciais juvenis. Para que polemizar algo tão simples? Ativem o olhar inocente, retirem o invólucro do pseudo-intelectualismo: talvez, o preconceito seja menor.

Twilight (EUA, 2008)
Direção de Catherine Hardwicke
Roteiro de Melissa Rosenberg, baseado em livro de Stephenie Meyer
Com Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Billy Burke, Ashley Greene, Nikki Reed

40 opinaram | apimente também!:

Roberto Simões disse...

Nunca vi esse filme. Nada me motiva a vê-lo. Assistiri a uma ou outra cena quando passar na TV. Pelos vistos, você gostou. O que não deixa de me surpreender. 0-5? quanto lhe atribuiria?

Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema

Bruno Cunha disse...

O hype do ano!

Na minha opinião não acho o filme tão mau como dizem mas não percebo o histerismo das fãs em volta desta saga...

Abraço
http://nekascw.blogspot.com/

Paulo Alt disse...

Cris,

Pronto, agora não tem mais nada que eu não concorde aqui no Apimentário. Obrigado mesmo por colocar, depois da trilha sonora, um post como esse. Parabéns de novo, cris!

Sua análise da capa também caiu como uma "abordagem sexual no universo artístico cultural" kkkkkkkkk Não achei que ia colocar isso aqui, foi outra coisa que me chamou atenção. Tá vendo... eu to achando os posts mais diferentes, mas não consigo saber pq disso, é estranho. Estranho mas ótimo pq vc diversifica. Ainda to tentando pensar, você vem colocando nas postagens um algo a mais =X rs ~~

Eu sei que a opinião de cada um conta muito. Se não gostou... ué, não gostou e ponto. Mas o bom é ter esse senso crítico, é saber porque não gostou, coisa que eu não vejo muito por ai com os descontentes. Criticar negativamente sem base as vezes é tão mais fácil do que simplesmente assumir que pode ser um livro bom e um filme bom também. A moda excessivas entre os adolescentes talvez tenha atrapalhado essa compreenssão mais ampla. Você disse tudo quanto a questão central do filme... ali é sobre o romance... e como todo romance de filme eventualmente precisa de um conflito.. ops, o vampirismo. Mas... um diferente, quase como uma doença, um vírus.

Ah,
eu vi, adorei as frases lá pelo final rsrsrsrs
pensamos igual

Abraçooooo ^^

Rodrigo Nogueira disse...

Salve meu admirável colega cinéfilo com predileção por temas profundos e controvérsos (tb tô no clube!)

Entendo perfeitamente pq a saga Crepúsculo (se é q posso assim chamá-la) caiu no gosto do público adolescente, mas por mais q eu tente, não consigo ver profundidade maior que a de um pires na traminha...

Tenho certeza q adolescentes identificam vários de seus dilemas retratados, mas uma mente mais madura tiraria de letra estas "situações difíceis".

Por outro lado, percebo que os imortais e seculares vampiros não veem o tempo passar fisicamente e nem mentalmente, só assim para explicar suas condutas pouco maduras e empatias com adolescentes de fato.

Sem contar q tecnicamente, a película é uma vergonha, típica produção B. Os protagonistas são extremamente antipáticos, enfim, descartável.

Independente de tudo isso, admiro seu texto e seus conceitos. Restrinjo minha crítica apenas ao filme e não à suas eloquentes observações.

Abração!!

P.S. O que acha dos filmes de David Lynch? e Lars Von Trier?

BRENNO BEZERRA disse...

Esse filme não me desce.

Alysson disse...

Eu comecei a ler crepúsculo uns 3 meses depois que saiu o filme, quando a poeira tinha baixado. E admito que gostei, é viciante ler até o fim. Mas admito também que sou um péssimo crítico, logo, minha opinião tem gosto duvidoso.

Sem dúvidas, eu gostei muito mais da série por que, na época, eu estava vivendo de idealismo romântico. Ou seja, eu estava dentro do foco da série: um amor perfeito e "impossível". Se esse amor é entre vampiros, humanos ou lobisomens, pra mim é só um pano de fundo.

Mas vale a pena ler. Já assistir...

susana disse...

Ainda só vi aqui, comentários masculinos. Este filme, sem dúvida, foi feito para mulheres!Só as mulheres conseguem sentir alguma empatia, com a forma como este interlúdio amoroso foi abordado!
Dizes muito bem, que este filme é acima de tudo, um romance! E temos que ve-lo como tal! Alguém em cima disse que achou as personagens antipáticas, eu não achei! Nem sequer o mutismo da Bella , a fez achar antipática.Claro que é o típico filme comercial, o argumento não tem nada de especial!Não é como por exemplo ,"O piano"! Um dos melhores filmes que vi na minha vida!Nem lhe chega aos calcanhares. Mas eu mesmo assim adorei ver e já nem sou uma adolescente!

Flavia C. disse...

Olha, é a primeira crítica justa sobre o filme que eu leio. Talvez por seu uma adolescente, eu concorde com todas os seus argumentos. Confesso, sou fã da saga! Claro, pra quem leu os livros da Meyer, o filme é quase um trailer tamanha a falta de detalhes. Mas, a magia da coisa acontece justamente porque nós, fãs, tivemos a oportunidade de ver aquilo que nos encantou tanto, na tela. Quando entrava em discussões sobre a qualidade do filme, não conseguia explicar isso, que você explicou... O despertar do primeiro amor é o que deixa o filme "atraente".
Parabéns pela MARAVILHOSA crítica, isso é uma grande prova de que não são só adolescentes histéricas que gostam do filme.

Beijos!

Serginho Tavares disse...

esse filme conseguiu ser pior que tudo
não vi nada disso que você disse ai naquela tosquice vampiresca
dizem que lua nova é melhor, pelo menos o trailer com os lobos prova isso
rbert pattison é uó, a melhor coisa que ele fez até hoje foi atuar em harry potter e o cálice de fogo

abs

Anônimo disse...

Eu simplesmente adorei a saga. Adorei a abordagem inocente ao mesmo tempo intrigante que Mayer escolheu.
A Historia eh fantastica e tentadora, sempre deixando um gostinho de quero mais. O filme, na minha opniao segue a linha perfeita de Mayer.
Mandou muito bem na resenha Cris.
Abracos

Felipe Guimarães disse...

Concordo com tudo que vc falou! Gosto de Crepúsculo exatamente por toda essa tensão. Lua Nova fala de amizades, Eclipse do triângulo amoroso e Amanhecer sobre família...

Clenio disse...

Cris,

Não gosto do filme, nem me interesso em ler o livro, mas acho válido o fato de ter despertado na adolescência o vício pela leitura. Qto ao filme, achei bem fraco, mas gosto da ideia de versar sobre um amor mais puro do que sexual, ainda que obviamente o subtexto erótico seja bem visível para olhos mais experientes.
Na verdade, teu texto é bem melhor do que o filme hehe


Abração,
Clênio

Danielle Crepaldi Carvalho disse...

Você escreveu a resenha dos sonhos da autora do livro e da diretora do filme!
Confesso que só conheço a obra a partir de sua adaptação cinematográfica e, parafraseando o Breno Bezerra, achei-a bem difícil de engolir. A narrativa claudica, os (d)efeitos especiais são mal elaborados e o par romântico é o mais frágil de todos os tempos. Impressionei-me ao saber que o casalzinho vive um affair na vida real, pois no filme eles não exalam nenhuma química. Além do mais, a invocação do primeiro amor, por mais bela que possa ser, não se aguenta na eloquência pseudo-romântica que Edward usa para se dirigir à amada. Pelo menos, essa é minha opinião.
A propósito, escrevi em meu blog uma coisinha sobre "Lua Nova", sequência do "Crepúsculo". Gostaria de saber sua opinião! http://ofilmequeviontem.blogspot.com/2009/12/melodrama-no-cinema-o-mocinho-vampiro-o.html

Abraços e até logo
Danielle

Rodrigo Mendes disse...

Não tem obeservação mais séria em Blogs a respeito deste filme, como as suas apimentações!

vai postar a série em breve..quero ler aqui o Lua Nova, Eclipse e o Amanhecer (trilhas, filmes literário, o que vc pensa a respeito).

Já te disse nao sou tão fãn das personagens da autora, todavia fico entorpecido quando escreve a respeito. Coisa de fãn, te entendo amigo. Já que trato meus monstros lá no blog com carinho tbm, rs!

Abs!

Luana disse...

Bom, esperava mais do filme, não li o livro portanto nao sei se foi fiel ou não, mas esperava mais.

Unknown disse...

Amo a saga...Gosto do filme.
Digamos que Crepusculo ficou muito a desejar.

Cristiane Costa disse...

Oi Cris,
Parabéns pela resenha. Você analisou profundamente o filme além do próprio romance, tanto que achei sua resenha melhor que o filme(rs, mas é sério!), porque caminhaste para os aspectos psíquicos desta love story humana e vampiresca que, através dos seus extremos, dá o tom do tenso tesão, da magia do primeiro amor e das delícias do proibido. Sinceramente, não acho que o filme consiga expressar todas as suas palavras, mas é bom imaginar que a obra possibilite teorizar e sentir sobre ela além do sucesso blockbusteriano.

Penso que Crepúsculo é uma tremenda estória de amor de Romeu e Julieta, família nenhuma proibe o amor entre eles, no entanto a proibição está no nível de suas próprias diferenças de "origem". Esta ligação proibida, porém possível de ser curtida é o que torna esta história mais shakespeariana.

bjs

Ranger Azul disse...

Cris, sem querer eu apaguei sem comentário do meu post. Eu confundi as posições das caixinhas das lixeiras pq eu queria deletar uma resposta repetida minha

Passa lá depois.
Abraço

Tânia Marques disse...

Parabéns pelo blog tão bem elaborado e culturalmente recheado. Já sou tua seguidora. Beijo.
Conheça também os meus blogs, você está linkado na barra lateral de todos eles.
www.marquesiano.blogspot.com
www.degraucultural.blogspot.com
www.arteportodososlados.blogspot.com

Amanda Aouad disse...

Não li os livros, ainda vou fazer isso para tirar a prova dos nove, mas o filme Crepúsculo não me convenceu. Apesar do seu belo texto e suas considerações continuo achando simplório, não simples, porque coisas simples são belas. Há algo na arrumação das cenas, na interpretação de Robert Pattinson, no embate com os vampiros sanguinários, na purpurina da pele, no pseudo terror da sala de espelhos que me soam artificial ao extremo. Sem preconceitos, assisti querendo encontrar o belo que você viu, mas não consegui, ainda assim quero conferir Lua Nova.

BF Junior disse...

Muito boa sua crítica!!

Gosto de Crepúsculo de um modo diferente. Como já confessei aqui antes, sempre quiz ser um Edward!!

Não li os livros, mas tenho vontade, apesar de não achar que eles se comparem a genialidade de J.K. Rowling. Muitos vão me xingar, pois fã de Harry Potter deveria odiar Crepúsculo... e para deixar claro, considero Crepúsculo infinitamento inferior a HP em todos os aspectos!!

Abraço Cristiano,
Apareça!

Mateus Souza disse...

Eu li os livros dessa série. Os achei divertidos até. No começo, ainda me empolguei com a realização dos filmes, mas foi só ver o primeiro para saber qual rumo seria seguido nas produções.

Enfim, não gostei tanto do filme, como gostei dos livros.

Cinema para Desocupados

Larissa Araújo disse...

Nunca tive interesse em assistir apesar de ter esse filme aqui no pc há um bom tempo, mas agora bateu uma curiosidade eheheh
Vou assistir e comento aqui de novo

bjuw bjuw

Jenson J, disse...

Eai, tudo bom?
Não vou comentar mais, só que sou um dos muitos odiadores.

Elton Telles disse...

Adorei a resenha. Muito melhor que o filme hahaha! Acho a dinâmica entre os atores muito superficial e forçada, algumas vezes até repulsivo propositalmente. Sem contar que o tal Edward é um coitado indeciso: diz o filme inteiro para Bella que iria abandoná-la, mas a próxima cena estão lá os dois. Sem falar que é um canalha em abandonar a coitada em locais bem estranhos, sem ao menos dar uma mínima carona rs. Filmeco idiota, com uma sequencia à altura. Prega a abstinência sexual da juventude de forma nada sútil. O cúmulo do moralismo.

ab!

Unknown disse...

Eu tenho uma séria restrição pessoal com filmes que precisem ser seguidos como capítulos, continuações intermináveis. Quanto a livros, isso até se torna interessante. A filmes não muito. Porém seu texto está muito bem escrito.

Aproveito a palavra para agradecer a visita ao meu blogue e informar que este seu está devidamente incluído em meus favoritos. Bom gosto e sexualidade tratada com nível. Conciliá-la com a cultura, então, é receita perfeita.

Marcio Melo disse...

É difícil, mas assim como você eu também tento analisar a saga crepúsculo longe dos preconceitos estabelecidos.

Ainda que não goste tanto dos filmes, o seu apreço tão grande por milhares de adolescentes não pode ser ignorado.

[]´s

Juliana Góis disse...

Definiria esse filme como "MODINHA PASSAGEIRA".

LuEs disse...

A sua resenha faria com que qualquer leitor quisesse ver o filme. Eu devo dizer que eu discordo quase totalmente dela: Crepúsculo é um filme ruim, na minha opinião.


Sua profundidade se assemelha a de um pires, ou seja, é quase nula. A transposição dos livros para as telas não é tão eficiente quanto no filme que o seguiu. A diretora certamente não soube como guiar os atores, que mostraram atuações escolares, típicas de teatrinho do ensino fundamental. Como já disse trezenta vezes (mesmo que você insista em fazer parecer que eu tenha dito outra coisa), Kristen Stewart é uma atriz satisfatória, porém nessa série especificamente ela está inexpressiva. Decerto, a diretora não soube como tornar a personagem mais semelhante à do livro. Pattison é realmente tenebroso - vê-lo em cena é desesperador, principalmente se observamos a sua horrenda maquiagem, que faz com que seu rosto, apenas o seu rosto, fique branco! Todos os outros atores são pseudofigurantes e nem merecem ser comentados. Aliás, a atriz que interpreta Esme merece um comentário: ela parece ser a governanta da casa, não a esposa bonitona do Carlisle.
O mérito do filme: sua trilha sonora. Grandiosa e inteligente, as músicas encantam. Infelizmente, o que vemos é um filme, não uma sinfonia. Logo, a qualidade não supera os defeitos.

Para mim, Crepúsculo é um filme para adolescentes bobinhas. O livro, no entanto, é maior e melhor e merece ser conferido.

Concordo com a Juliana Góis e acrescento: uma péssima modinha passageira. Espero que os próximos filmes sejam melhores.

Luciano disse...

Seu blog é bárbaro e eu estou sempre lendo. Nem sempre comento, é verdade, mas prometo ficar mais ativo por aqui. Concordo com tudo o que você falou sobre Crepúsculo. O pessoal (o mundo inteiro) que pixa o filme, que o condena, parece enxergar apenas o óbvio: amorzinho proibido à la Romeu e Julieta, renovação nas lendas vampirescas, romancezinho adolescente, etc. Mas, pô, e a tensão sexual fortíssima, isso não conta? É raro um filme "para adolescentes" tratar o sexo como um tema sério, sem ser "besteirol". E ainda mais que, no filme, quem está mais interessada em sexo é a personagem FEMININA! Tem coisa mais rara? Ainda hoje acredita-se que garotas não pensam em sexo, ou não devem fazê-lo. Elas tem que ficar esperando os seus príncipes encantados. Os três personagens centrais desse filme (parecem) ser virgens. Qual o único que quer mudar essa situação? ElA! elAAA! Acho que eu entendo o ódio que todos tem por Crepúsculo.

Obs: PARABÉNS pelo blog! É de tirar o chapéu essa sua ideia de analisar os filme sempre pela ótica sexual. Quem dera eu se o meu bloguinho fosse tão bom quanto o Apimentário.

Roberto Simões disse...

E eis que o filme passou na TV, e assisti.

- Romance envolvente;
- Prestações dos protagonistas;
- Algum entretenimento;

O filme não é para ódios, de facto. É claro que tem os seus fãs e é por eles sobrevalorizado. Enquanto obra de arte não é praticamente nada. Mas reconheço-lhe as qualidades e os defeitos. A montagem é péssima, por exemplo, e o ritmo do filme assemelha-se à mais banal dos telefilmes.

Há muito desejo no ar, sim, isso é inegável. A prestação de Pattinson é interessante mesmo por aí: cada olhar parece uma vontade imensa mas controlada de concretização carnal.

Cumps.
Roberto Simões
CINEROAD - A Estrada do Cinema

Catarina Norte disse...

Adorei o texto! E estou de acordo com muito do que escreveste!

Para mim, "Crepúsculo" vale pela história de amor: um amor tão forte mas condenado a ser casto, tão transcendente mas quase impossível, e perturbado pela tensão e conflito...é trágico e intenso!
Por isso, sim, gostei muito do filme (apesar de pecar por alguns defeitos) e deixei-me maravilhar pela sua fotografia e banda sonora!
E acabei por ler os livros, o que nos dá uma outra perspectiva...

Abraço

claudiagameiro disse...

Sim, bastante de acordo. Um daqueles filmes para ver domingo à tarde, quando não se tem muito que fazer e apetece ver histórias bonitas.

Anônimo disse...

O autor possui a liberdade de escrever o que quiser, eis a graça da fantasia! E gosto é assim, uns possuem, outros não. A criatividade deveria ser um pouco mais instigante... Este calmante juvenil a base de água com açucar saiu da forma convencional dos vampiros... Que massa!Saiu tanto que descaracterizou por inteiro!Um sentimento expresso no filme que foge do calor característico do verbo sentir! Seus protagonistas são passivos, os coadjuvantes se destacam mais, justo merecimento, visto que um vampiro como Edward é fraco, inseguro, extremamente passional, foge completamente de qualquer instinto vampírico. Mas, viva a liberadade de expressão, e as fantasias sexuais juvenis num ser tão apático e sem vida, aliás uma relação carnal, sexual mesmo com ele deve ser algo sofrido, trôpego,apático...Uma mocinha vitimada por si mesma... O filme é condicional, cheio de barreiras desnecessárias e limites inexplicáveis, ainda se tratandodo dito amor "puro". Bom, vale a pena passar na sessão da tarde, bem a cara da globo vespertina!

Mirella Machado disse...

Como o Clenio, e acomo ainda não revi os filmes, seus textso me parecem bem mais interessantes do que o próprio filme. As vezes em que Crepúsculo não vi mais que um romance adolescentes, notei sim a tensão sexual entre os personagens, mas nada tão forte quanto você fala. Mas de novo eu te falo que vou rever o filme

Anônimo disse...

Bem, já deve ter percebido que não sou fã dessa saga. Descreveu, maravilhosamente bem, toda a verdade, parabéns! Mesmo assim minha critica principal continua a ser a cerca do sentimentalismo que desprezo. (Talvez por isso, eu prefira ficar do lado dos vilões em romances assim, o que não chegou a ocorrer)

Mirella Machado disse...

Ah Cris eu revi e fiz tudo que você me disse e... Adorei o filme só que issso eu falo pra você quando a gente se falar de novo. Bjos

Alan Raspante disse...

Com certeza mudou a minha opinião e "Crepúsculo" e acho que me ajudou a enxergar além do filme, lendo e ouvindo "coisas ruins" do filme vc acaba sendo influenciado e gerando uma opinião ruim sobre o filme, e acha que foi o que aconteceu comigo..
hehehehe
Òtimo post ! =D

POPOTO disse...

meu amigo tenho que dizer,mas voçe estar errado,não em geral mas na contextualidade do filme em relaçao ao livro.Edward apela o filme inteiro com sua sentimentalidade piegas de"menino esrupado na infancia",ele usa seu estado de vampiro como desculpa para todas suas açoes com bella ou qualguer eventualodade que se tenha durante o filme.Com sua face de vitima e seu olhar de molestado ele foge e se acorvadeia das situaçoes presentes que o filme nos mostra,dando um pessimo exemplo de maturidade e derformando o bom sentido do romantismo platonico de cada jovem,de cada garoto e garota mostrando-lhes que para amar tem que ser fragiu,desconstrutivo,deploravel,dependente guasi como uma droga que consome degrada a pessoa lemtamente pra que no final a propria bella perseba que tudo foi por causa da osiosidade sedentaria.
Mas por pior que seja Edward a tambem sua cara metade que e a bella que e devo dizer de toda a minha sinseridade que e outro desgosto imensuravel de proporçoes biblicas.Falo serio quando digo que ela insulta todas as grandes atrises dos grandes filmes mais romanticos de todas as decadas,siseramente bella chego a ser pior que hally barry com suas pessimas atuaçoes em........todos os seus filmes.Bella e a personificação de todos os piores sentimentos que uma jovem pode se obter ao longo de sua maturidade como mulher.bella e fragiu não forte,infantiu não madura,frustrada sentimentalmente não senhora de si,para suprir seus sentimentos adolecentes ela se recai a uma demencia retardada numca vista durante.......bem dizer o filme todo (mais no 2 do que no 1) não forte,determinada e como ela demomstra uma feição de molestada todo o relacilnamento entre ela e edward se consiste somente em atribuir seus gostos de um a outro como se fosse uma dupla sertaneja("voçe e meu xuxu" "não posso viver sem voçe aproximadamente 04:56s" " vo assistir hebe com voçe")bem dizer, um romamce não e assim que si dirige alguem agui ja assistiu "DIARIOS DE UMA PAIXÃO" isso sim e um filme digno de ser chamado de "ROMANCE","ROMANCE" mesmo não essa porcaria fasista,fetichista,modista feito para esse publico adolecente "zumbi estrupado" que não consequem pemsar por si mesmos sem ajuda da televisão ou da midia.
entemdam o publico joven e facil de ser manipulado muito facil mesmo,gualger modinha midiana televisiva atual ou futura sera seguida sem o menor problema.
Mas a pergumta fica no ar,serar que o filme tem um pessimo diretor so com uma boa fotografia,bem como scorssesi ja dizia "SE VOÇE FOR FAZER UMA CRITICA DE UM FILME NUMCA MENSIONE A FOTOGRAFIA,POR QUE SI NÃO O FILME E RUIM DO COMEÇO AO FIM" ou foi a simples causa de "SE PEGAR UM PESSIMO LIVRO PARA FAZER UM FILME,TERA UM PESSIMO FILME"

Edson Cacimiro disse...

Li o livro e desisti de ler os demais pois achei muito parada e chatinha a história do casal. O filme só vale a pena pelas paisagens e pela casa onde eles moram de resto... Robert é muito sem sal pra ter todo esse furor em volta dele. Mas vou ver os demais filmes da série, só pra não dizer que não falei das flores....

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