Justiça Materna

Tocante, angustiante, visceralmente emocional trabalho cinematográfico. A Troca consiste numa pequena obra-prima de grande inspiração dirigida por Clint Eastwood. O roteirista J. Michael Straczynski recalca com emoção, cuidado e aprofundamento a trajetória real de Christine Collins (Angelina Jolie) que, em 1928, teve seu filho Walter desaparecido. Confrontando-se com o seu próprio abalo psicológico, Christine procura o filho exaustivamente. Como superar um trauma cruel? Teria seu filho sido sequestrado? Após incansável procura, com a ajuda do reverendo Gustav Briegleb (John Malkovich), eis que a polícia traz uma criança que, em presença da imprensa, afirma ser o filho desaparecido de Christine. Em meio à euforia do caso, da repercussão dos fatos e do seu estado atordoado psicológico: Christine aceita o garoto, ainda que ele não seja seu filho verdadeiro. Põe em xeque seu sentimento materno, permitindo-se confundir por abalos de confusão emocional. Como mostrar a todos que estava enganada? Em busca da verdade, Christine trata de tentar desvendar todos os segredos por trás dessa provável conspiração do sistema: por que o menino impostor afirma ser seu filho? Onde, afinal, está o verdadeiro Walter? A corrupção e o fracasso contínuo da polícia atiçava a imprensa, provocava a população e evidenciava uma desorganização criminal. Numa atmosfera de angústia, melancolia e densidade é que observa-se o percurso emocional de Christine em busca por justiça, enfrentando até a opinião pública.

Com uma tangível narrativa clássica que foca no psicológico desesperado de uma mãe pela busca do vestígio de um filho, o trabalho de composição de Angelina Jolie se evidencia num ato interpretativo de bastante expressão, intensidade e talento. Ela transparece dor incondicional diante da perda. A qualidade dramatúrgica é precisamente inegável, singela e consegue manter diálogos em tons verdadeiros. Christine passa a ser desacreditada por todos, a partir do momento que desafia as autoridades da polícia de Los Angeles - evidentemente, tratam de manipular e alegam que seu estado mental é insuficiente, internando-a. O pesadelo, o inferno vital, a falta de perspectiva invade: Christine tem que provar a própria sanidade, além de manter acesa a esperança da busca do rebento. Absurdamente, além de manipular a imprensa e de contar com a omissão do poder municipal, a polícia tinha um aliado importante — o manicômio — para onde despachava as pessoas que, inconformadas com a sua ineficiência e má-fé, desafiavam a sua onipotência.

O filme concebe a luta de um ser humano perante um sistema social corrupto, manipulador e alienado. Além disso, há um extremo machismo presente nas instituições na época: a todo custo os homens tentavam subjulgar Christine, tentando desacreditá-la, insistindo em expressar o poder sobre ela. Christine chega a ser acusada pela polícia de negligência materna e de irresponsabilidade, pois para os policiais, durante o tempo que passou sem o filho, vivia uma vida livre, sem responsabilidades e agora que o "filho" está de volta (o qual ela tem certeza não ser seu Walter), os policiais dizem que Christine não quer mais ter responsabilidades maternas, uma visão distorcida e produzida pelo machismo da época. Contudo, ela desafia a todos.

Há contextos sobre jogos de interesses sujos, mentiras infames, psicopatia e violência sexual infantil - este último, um tema bastante tenso evidenciado numa das cenas mais dramáticas do filme. A abordagem do rapto infantil em violência sexual, pedofilia ou mesmo crimes contra crianças incomoda pela densa crueldade exposta. E denuncia o autoritarismo e a arbitrariedade do Estado frente aos cidadãos. Clint Eastwood constrói seu trabalho trazendo elementos do noir, da soberba direção de arte e da direção classicista - tomadas poucas, cenas longas em planos abertos, movimentações discretas de câmera. É dele a trilha sonora discreta, elegante e primorosa. A fotografia sombria de Tom Stern tem acentua a qualidade. Magistral retrato de uma época, um drama com sinceridade, irrepreensível efeito cinematográfico que provoca reflexão.

Changeling (EUA, 2008)
Direção de Clint Eastwood
Roteiro de J. Michael Straczynski
Com Angelina Jolie, John Malkovich, Amy Ryan, Jeffrey Donovan, Colm Feore, Jason Butler Harner, Michael Kelly

49 opinaram | apimente também!:

! Marcelo Cândido ! disse...

Pra provar que Angelina não é só boca
É atriz também...
!!!

Thiago Alves disse...

Realmente muito bom!!!

Michael Doublott disse...

chorei 4 vezes quando assisti esse filme. Olha ontem assisti um legal chamado 100 escovadas antes de ir dormir.. creio que vc vai gostar. E sobre o filme "A troca" algumas coisas me fizeram pensar em relação ao que é ser mãe (ou mesmo pai). Depois de assistir esse filme qualquer um pensa em falar com a mãe antes.. Abraços Chris , maravilhoso Post.

Mirella Machado disse...

Amei essa filme, algumas cenas com estilo noir. Angelina está com sau boca mais marcante que nunca e uma mãe maravilhosa no cinema. Além de debater o sequestro debate a corrupção, amei mesmo, não esperava nem gostar dele.

Tania regina Contreiras disse...

Eis aí uma abordagem perturbadora. Não sei se minhas veias e vasos expostos aguentam chegar ao fim. Mas está na lista, quem sabe na hora certa?

Beijo

Otelice disse...

Encontrei-te lá no Sempre Poesia e vim conhecer o teu espaço.Parabéns.

Alan Raspante disse...

Cris, o filme é fantástico, eu tenho ele, e já vi umas 1000 vezes. Angelina está maravilhosa !
Ótima crítica !
Abs.

Daniela Gomes disse...

"A Troca" não é um dos trabalhos mais brilhantes do Eastwood, mas este diretor está entre os meus favoritos. Eu gostei muito do filme, e algumas cenas deste estão entre as minhas cenas dramáticas preferidas.
E a Jolie estava ótima, sem dúvida alguma.
Abraços

Serginho Tavares disse...

acredita que ainda não vi?
tenho que consertar esse erro urgeeeeeente

Anônimo disse...

O filme não se define entre o drama pessoal de uma mãe em busca de seu filho desparecido e a história policial das investigações do seu paradeiro. Essa falta de foco compromete gravemente o resultado. Um trabalho menor e mais irritante, e bota irritante nisso de Clint Eastwood.

PS: Não vejo nada memoravel na atuação da Angelina!

Kamila disse...

Digo sem medo que a interpretação da Angelina Jolie, nesse ano, foi a minha favorita e não me importaria se ela tivesse vencido em cima da Kate Winslet, na sua category fraud.

Agora, como filme, "A Troca" tem reconstituição de época perfeita, porém poderia ter sido menos longo. O filme poderia ter terminado bem antes daquela cena final.

No mais, fica como testamento do que significa amor de mãe. Christine NUNCA desistiu do seu filho!

leo disse...

Como voce ja sabe eu não acho esse filme grandes coisas,masd impossívewl não reconhecer que a atuação da Angelina Jolie e incrível.Mas infelizmente é um filme que não me emociona,não me deixa tenso,mesmo tendo a noção que tem todo o clímax.
Abraços

Clenio disse...

Sou fã incondicional da Angelina, como atriz, cidadã e mulher bonita hehe
"A troca" prova indubitavelmente que ela é uma atriz de muita personalidade e versatilidade.
O filme em si é uma joia em todo o seu conjunto - reconstituição de época, trilha sonora, fotografia - e merecia ter feito mais sucesso.

Elton Telles disse...

Olá Cris! I´m back! =)
Belo texto, embora discorde abruptalmente de sua análise. Angelina Jolie está em uma excelente atuação, quase faz o espectador se esquecer que a mesma já se aventurou como a mãe de Alexandre, o Grande ou a heroína Lara Croft. QUASE =)

Achei "A Troca" muito mais longo do que precisava ser, beirando o insuportável. Clint Eastwood revela (mais uma vez) sua mão pesadíssima ao drama, tentando desesperadamente fazer pedregulhos caírem em lágrimas. A cena da delegacia logo no final é o ápice do chororô, fora algumas cenas doentias como a do manicômio =)
Tá, vou pegar mais leve...

Christine Collins é uma personagem monossilábica, mas Jolie e sua eficiente construção de personagem conseguem dar contornos humanos a uma mulher rodeada pela desgraça - essa sofre mais que a Maria do Bairro!

Direção de Arte e Fotografia são sensacionais, evocam o clássico como você mesmo disse, mas o filme em si, eu achei terrível, sendo gentil nas palavras. =D


abs!

Marcio Melo disse...

Achei esse filme odiosamente chato.

Amanda Aouad disse...

As vezes, a realidade consegue ser mais inacreditável que a ficção. O grande trunfo, em A Troca, é a identificação do público com o sofrimento da protagonista ao ponto de até um personagem que seria um vilão diz admirar sua coragem de ir contra o sistema.

Lidi disse...

Cristiano, ainda não assisti a este filme, mas já anotei a dica. Obrigada pelos comentários em meu blogue, gostei muito do teu também. Sou apaixonada por cinema. E, já que pediu, meu próximo post será sobre algum filme, prometo! Um abraço.

Ramon Pinillos Prates disse...

Acabei nem vendo esse filme mesmo com a indicação de Angelina ao Oscar.

Bernardo Guimarães disse...

valeu seu comentário no meu blog; assim, vim conhecer o seu e já coloquei na minha lista de frequencia.
abraço.

Marcus Vinícius Rodrigues disse...

adorei seu blog, também. Incluí nos meus links para visitar. Voltarei

Ricardo Dib disse...

Esse blog aqui é um verdadeiro guia cinematográfico.
Esse eu ainda não vi, mas como sou apaixonado pela Angelina vou conferir.

Abraço.

Fernando Campanella disse...

Obrigado pela visita ao meu blog, Cristiano, e pelo comentário. Parabéns também pelo teu espaço que demonstra uma paixão pela sétima arte. Grande abraço.

Cristiane Costa disse...

Oi Cris,

Sobre esse filme, penso que o ponto alto do mesmo é que ele é condizente/coerente com o foco de trabalho de Clint Eastwood: situações cotidianas da própria condição humana em situações mais dramáticas. Ele não se afasta desse propósito aqui e ainda oferece a Angelina Jolie a oportunidade dela fazer um papel mais sólido, mais "sério" que não tente tirar proveito somente de sua vulcânica beleza.

Nunca pensei que Eastwood trabalharia com Angelina Jolie porque não a acho tão grande atriz porém tenho que confessar que, tanto a fotografia, figurino e a atuação dela seguem o tom dessa época clássica nas quais somente mulheres batalhadoras saíam do estereótipo machista.

Bjs,

MaDame

Alyson Santos disse...

O que Clint Eastwood credita é que prender o espectador com voltas interessantes, mas sem elementos mirabolantes, pode obter um trabalho notável, sem esforços exacerbados.

Artisticamente, temos um luxo obscuro. Um antiquado belo. Fazendo das aproximações de Jolie às janelas - iluminadas artificialmente a luzes brancas -,lembranças de outras eras do cinema e seus ícones femininos. Através do enredo e pela ligeireza da condução do mesmo, o espectador é quem faz a química principal com a protagonista e passando a sentir cada emoção que Christine vivencia


Assim, da mesma maneira que temos consciência de que Collins está certa pelo filho errado que lhe foi entregue, ainda fica aquele sentimento de dúvida se realmente ela está certa sobre o que denuncia. Mas, Clint é simples e com simplicidade ainda transmite conteúdo, mesmo que não seja neste trabalho a explosão de seu teor, ainda consegue nos presentear com a Angelina Jolie mais versátil desde... ééé...hããã...hummm...desde quando mesmo?

Abraço!

aeronauta disse...

Agradeço sua visita e digo que voltarei mais vezes, pois amo cinema. Grande abraço.

joyce Pretah disse...

oi cris querido...

desculpe a demora a comentar,viu...

mas eu leio sempre o apimentário!!

eu ainda não vi este filme,e também não sabia que era de clint...como ele é um diretor de qualidade e senisibilidade,acredito que seja um grande filme...

vou assistir!!

ahhh...to pensando sobre aquilo que vc me propôs querido,logo conversamos!!

beeeeeeeijo***

Daniel Hiver disse...

Cristiano...
Obrigado pela visita no meu blog e o comentário que deixou por lá.
Clint Eastwood em seus tempos de ator não tinha uma milionésima parte do destaque dos últimos anos como diretor. Realmente tem se mostrado excelente e esse é mais um belo exemplo do domínio do outro lado da câmera.

Paulo Soares disse...

E ai Cristiano. Adorei o seu post, pois é exatamente tudo que penso sobre esse filme. Particulamente é a obra do Clint, depois de Menina de Ouro, que mais me agrada das suas últimas.
Ao ver o filme, me senti vendo um fiel filme feito naquela época, tamanha foi a competência dos envovidos para construir todo aquele climão clássico da Hollywood da era de ouro.

E Angelina Jolie está perfeita no papel. É o fiel retrato da dor e angústia.

Parabéns pelo post! Abração!

Rui Francisco Pereira disse...

Cristiano,

Fornecias-me o teu contacto de email, por favor? Não consigo ver na barra de lado..

Abraço!

Robson Saldanha disse...

Gosto muito do cinema de Eastwood. A maioria dos seus filmes trata de temas que me agradam e ele consegue fazer isso com propriedade. Apesar de não ter sido tão bem recebido assim pela maioria, achei A Troca um bom filme e bastante envolvente!

- Luli Facciolla - disse...

Putz!
Tenho que assistir já!
Valeu pela dica!

E obrigada pela visita!
Volte sempre!

Reinaldo Glioche disse...

É sem dúvida alguma, um grande filme. como vc bem disse, um convite a reflexão e um primor de técnica. Contudo, dentro da cinematografia recente do grande mestre, é o filme de menos brilho na minha opinião. O que, dentro da cinematografia de Clint Eastwood, ainda é um elogio.
ABS

Ricardo Rangel disse...

Um Filme nota 10, muito bom mesmo.

Ainda não consegui me segurar na barra dos seguidores, assim que eu puder me agarro nela ok?
Gostaria de te indicar o blog de minha querida amiga Felina, vais gostar.
https://www.blogger.com/felinamulher

Gustavo disse...

O roteiro expõe algumas, melhor dizendo, vários situações inadmissíveis e chega a incitar alguma indignação, mas esta poderia ser mais forte não fosse a foruxidão de Clint na direção. Desta vez, acho que ele não foi completamente feliz.

Anônimo disse...

Vim conhecer teu blog. Gostei e voltarei. Abraço forte.

Fábio Henrique Carmo disse...

Cristiano, ótimo texto, muito embora eu não concorde em tudo. É um bom filme, acima da média do que se vê por aí, mas é um Clint Eastwood menor. Acho que o filme perde um pouco o foco ao não se decidir sobre mostrar o drama materno ou a violência contra menores (tema inclusive já abordado em outro filme de Eastwood: "Sobre Meninos e Lobos"). Jolie está muito bem, mostrando que é muito mais que um corpo cheio de curvas e lábios carnudos (muito mebora eu adore estes seus atributos). Eastwood é um dos poucos diretores clássicos ainda em atividade.

Bruno Cunha disse...

Concordo contigo!
Angelina Jolie consegue, como referes, trascender a dor através do ecrã para nós mesmos, não é melhor que Gran Torino mas, de facto, um bom filme!

Abraço
Cinema as my World

Einstein² disse...

Ai eterno e emocionante! Lindo filme!

maN bOwerline disse...

Mentira,achei alguém que comenta filmes?Ahhh,que foda!Amei de verdade.Já estou seguindo!Boa noite.

X disse...

Já falei desse filme lá
no meu blog!! É muito bom, a Angelina tá muito bem nesse papel, chorei com ela... Ameei!!!
Bjus

Thiago Paulo disse...

Considero Clint Eastwood um dos meus diretores favoritos. Apesar não achar este filme o melhor do diretor, também gosto muito. acho o final muito bom, até nos deixa com um pouco de esperança, mas... Nem sempre tudo da certo.

Abraço

Marcos Eduardo Nascimento disse...

Cris, off-post!
Parabens pela indicacao do Apimentário, viu! E que venham vaaaaarias outras! Vc merece.
Abraços.

Gui Barreto disse...

Eu sempre tive uma visão estereotipada da Angelina, como sendo uma atriz superficial, mediana, mas parece que em "A Troca" ela supera expecttivas. Eu ainda não assisti, mas admito que, desde sua estreia, tenho vontade de conferir essa produção. Agora, mais instigado ainda pela belíssima crítica, não posso perder muito mais tempo na expectativa e ir logo adquirir o DVD. Parabéns pelo texto, muito bom!!

Obrigado pela força no 1/3. Estou precisando!! Pode contar com minha presença constante no Apimentário!!
Abrs!

Rodrigo Mendes disse...

O véio Eastwood acerta! Já comentei no blog da Madame Lumière - Dietrich, rs!

E como a resenha dela, a sua está ótima!

Só não disse um detalhe para a MADAM que vou comentar aqui Cris:

fui realmente gostar deste filme e em particular da atuação da Jolie, assistindo em revisões. Na segunda me apaixonei pelo filme e na
terceira sessão, já estava encantado pela mulher do Brad, rs!

Foi uma troca justa videá-lo mais de uma vez.

Abs.

Wallace Andrioli Guedes disse...

Angelina está espetacular aqui. Mas não acho o filme isso tudo. Poderia ser um novo MYSTIC RIVER, mas acho que o Eastwood abusa um pouco dos clichês.

Celina Pereira disse...

Eu ia ler a crítica... mas você acabou de me indicar o filme e eu tenho esperança de assistir com Caio ainda hoje! ;)

MARCELO DALLA disse...

Olá amigo!!!! Tô gostando de ver. Seus textos estão cada vez melhores e isso se revela na quantidade de comentários e seguidores do blog, que aumentam cada vez mais.

Já assisti vários filmes por indicação sua. às vezes passo por aqui silenciosamente...

grande ab4raços!

Anônimo disse...

Excelente, tocante, pertubador, inspirador (...)

Paulo Alt disse...

Cris,

Só quando Jolie escora a mão sobre o cabelo e tampa a boca com os olhos vermelhos e emite um grito interior de dor que ecoa no silêncio da cena já deu pra perceber o quanto podia marcar a trajetório dela como atriz. De fato, como disse o Marcelo no primeiro comentário, "pra provar que não é só boca". Eu me admirei mesmo.

Posso ter assistido talvez no momento errado, mas agora.. vejo que isso não atrapalhou não no meu "apreciar" da obra, entende? Que bom que fui ao caixa com o dvd na mão há um tempo atrás por indicação SUA. Muito bom. É um filme sim pra ter na coleção e guardar com carinho.

E citou tudo no post, desde a atuação, como a crueldade que é e de fato como tem esse poder de indignar ao tratar de crianças.

Parabéns.
Grande abraço, outro, rs.
^^

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