Amor em solidão

Como lidar com a saudade que dilacera o corpo e machuca a alma? Em Direito de Amar observa-se o delirante retrato íntimo de um homem perdido, completamente corroído de dor no dia que decide se matar. George Falconer(Colin Firth) é um professor gay universitário de literatura inglesa que perde seu companheiro num trágico acidente. Em um único dia, em 1962 no sul da Califórnia, toda a amplitude da aura depressiva deste homem é exposta, visto que é um ser humano afetado pela perda do seu grande amor. Como superar a morte que evidencia o caos em própria vida terrena? George passa a ter uma vida sem emoção, vitalidade e satisfação após perder Jim (Matthew Coode) com quem viveu 16 anos de relacionamento estável, intenso. Como superar o luto? O que fazer para atenuar a dor no âmago? Sem conseguir levar adiante, apoiado pela ausência de perspectiva e reais motivações para continuar vivo - eis que ele vê no suicídio a única forma de alívio, de superação. Então, planeja seus últimos minutos - último dia ativo - como forma de despedida, de confronto consigo próprio. A estreia do estilista Tom Ford no cinema é louvável, um trabalho bastante emocional e poético que é favorecido pelo ótimo roteiro, baseado no livro Um Homem Só (por sinal, o título original do filme, muito mais cabível ao contexto) de Christopher Isherwood. Nítido êxito estético e cinematográfico que mergulha na introspecção, inquietação e desconstrução do ser humano.

George é um homem que sofre por não conseguir esquecer seu companheiro - e é justamente neste pretexto motivacional que o roteiro se articula muito bem: através de flashbacks que a narrativa se constrói e ganha veracidade íntima, contornos dramáticos. A melancolia paira em todo o filme. É difícil ter que lidar com a perda, ainda mais quando ela surge de maneira cruel e inevitável - e o roteiro alia-se da dor do seu personagem principal para transitar em assuntos como solidão, insegurança, reflexão interior. Inevitavelmente, George passa a refletir as próprias mazelas íntimas com a perda de Jim, vivenciando o árduo processo da infelicidade interior. O filme mergulha na realidade deste homem que não se vê mais conectado com nada ao seu redor. Nada lhe pertence mais, apenas a sensação de amargura e transtorno que sufoca cada parte de seu ser. Sem estereótipos, sensos de pieguismo - é um trabalho sensível que explora ao máximo a intimidade delirante de um ser que se evapora a cada minuto...em um único dia, vem à tona todos seus martírios e a vida - ou mesmo a vontade de morte - atinge o ápice. É necessário morrer para renascer? É necessário o suicídio para se livrar da dor? Como vislumbrar alguma motivação para viver seu amado? Eis os turbilhões de emoções que se manifestam dentro deste ser.

E o roteiro esmiuça os sentidos da intimidade, personalidade e concebe forma comportamental do personagem por acompanhá-lo em sua trajetória. Há flashbacks inseridos, ao longo das cenas, que demonstram as memórias do passado da relação amorosa de George com seu companheiro Jim - desde conversas íntimas, convívio e até o primeiro encontro de ambos. Há sua amizade de longa data com Charlie (Julianne Moore), com quem tem um forte elo emocional: ela é uma dona de casa que fora abandonada pelo marido, totalmente frustrada e que vê em George o homem que a poderia ter feito feliz. Mas, George é um homem sensibilizado pela sua perda e não consegue se desvencilhar deste tormento. Aparenta ter controle próprio, mas é a fragilidade que o condiciona. Até quando é válido manter as aparências? A direção de Tom Ford é extremamente cuidadosa, adota-se da perspectiva pessoal de George para demonstrar suas sensações e investe no estilo imagético riquíssimo, apurado. Há cenas silenciosas, apenas a câmera aproxima-se com closes expressivos ou mesmo há o foco lapidado na narrativa em off do personagem principal que funciona como um monólogo documentado. A fotografia de Eduard Grau assume as paletas das emoções de George: tem cores frias, tons claros, quando foca o universo tedioso dele - mas, ganha cores específicas e saturações avermelhadas quando pessoas transitam na sua esfera sensorial, preenchendo-o de sensações ou delírios. Há também a densa trilha sonora do compositor polonês Abel Korzeniowski que capta toda a melancolia presente, sonoridade marcante com acordes melódicos que variam de acordo com o senso do personagem. A atuação de Firth é incisiva, cheio de nuances e densa - dói vê-lo destroçado em sofrimento, pela complexidade e grandeza da interpretação.

O tom homoerótico é sutil, sensível, envolvente - ainda que o lado sexual não se posicione e impere sobre o verniz melancólico que o roteiro externa. Contudo, há situações que insinuam o senso de sexualidade que o personagem vivencia. Impressionante como a trama possui uma atmosfera tão erótica sem exibir uma só cena de sexo, o que é um grande feito num filme que envolve amor entre homens. George é assediado por seu aluno Kenny (Nicholas Hoult) que vê no professor um objeto de desejo, mas também um poço de charme intelectual e maturidade. O garoto insiste, investe e demonstra um poder de sedução - mas, George, ainda que atraído pela atuação comportamental e beleza física dele, não consegue se envolver tanto. Ele tenta amortecer o tesão, visto que o luto prevalece dentro de si. Há ainda cenas que mostram George observando homens másculos, corpos esculturais, praticando esporte (o tom homoerótico evidencia-se em captar os contornos dos corpos masculinos); há um flerte dele com um espanhol com quem se esbarra, por acaso, numa loja de conveniência - as cores saltam fortes, os closes nos olhos e bocas do homem que espreita sexualmente George. E as próprias cenas que pautam o convívio dele com seu companheiro Jim tendem a ter manisfestos homoafetivos, sinceros, tangíveis. O filme direciona-se ao público homossexual, mas atinge a todos por ser verdadeiro - não é um trabalho panfletário que discursa a causa da homossexualidade, mas sim verbaliza o valor de um homem que jamais esquece o grande amor por outro homem. Qualquer ser humano se identifica, até o mais cético. Afinal, o que não é a própria vida senão a busca por nós mesmos - ou, em linhas duras, a ânsia por amar e ser amado. E além, é um filme de estudo sobre solidão, a dificuldade em lidar com perdas e a depressão consequente. Trabalho cinematográfico irretocável, tocante e pungente.

A Single Man (EUA, 2009)
Direção de Tom Ford
Roteiro de Tom Ford, David Scearce, baseado no livro de Christopher Isherwood
Com Colin Firth, Julianne Moore, Nicholas Hoult, Matthew Goode, Jon Kortajarena, Paulette Lamori, Ryan Simpkins

47 opinaram | apimente também!:

T. disse...

Cristiano, parabéns. Estou para fazer a crítica deste filme há tempos, e nunca consigo, talvez por ter me tocado demais e, eu encontrar dificuldades em falar sobre.

Mas além disso, seu blog é o meu favorito. Você sempre tem uma abordagem diferente, não amadora e interessante sobre os assuntos... Sempre quis te falar isso, mas acho que nunca tinha comentado, mas leio sempre que posso o Apimentário.

Um grande abraço.

Luis Fabiano Teixeira disse...

Oi Cris, pois é, nem combinamos e terminamos fazendo uma análise do mesmo filme, no mesmo dia e horário rs. Isso é bom, porque podemos "confrontar" os nossos pontos de vista rs. Reconheço que preferi uma abordagem não tão detalhada, mas passando a atmosfera geral do filme e instigando as pessoas a pensarem que filmes assim, mais reflexivos, deveriam existir mais. É um filme tocante, nada panfletário (mas escrevi isso) e que pode atingir até os corações mais brutos, basta estar aberto a ele. Não acho que tenha uma carga erótica tão grande, pelo menos não vi isso, porque ele é bastante poético e um erotismo em altas doses poderia resultar conflitante, fico com a possibilidade de momentos de "sex appeal" bem escolhidos. Mas o bacana é isso, cada um vai ver de uma forma. Sim, é triste, mas também temos o "direito" ou até a necessidade de lidar com a dor, né? Beijão

Gustavo Paiva disse...

CARACA!!! To me sentindo um inútil por não ter assistido. Eu fico com raiva quando venho aqui... tem tanta coisa boa que ainda não vi! -rs; Preciso me atualizar.
Teu blog é impecável.

TH disse...

Cara, PERFEITA sua análise do filme.
SObretudo no que tange a afirmar que não é um discurto panfletário da causa gay, não é mesmo. Ele nos ganha por suas minucias, suas intenções na visão do personagem do George...
Adorei...
Parabens

Gian Le Fou disse...

Um dos filmes que mais me marcou nos últimos tempos. Estética perfeita envolvendo uma ótima história, com atuações primorosas. Fiz até uma crítica há um tempo sobre ele.

Tetxo sensacional.

Beijos

Amanda Aouad disse...

Desde o Oscar estou com ele na lista... Preciso corrigir isso. Belo texto.

bjs

Jardel Nunes disse...

Ótimo texto, e fiquei com vontade de assistir o filme agora para poder ter meu ponto de vista. Se estiver na locadora no final de semana, levo pra casa...

Abraços

Hugo de Oliveira disse...

Muito bom seu olhar.

abraços

Hugo

Dan disse...

Como disse pro Luis fabiano:
Vou ter q ver né?

ótimo texto.
bj

Edu O. disse...

Num tom completamente diferente nossos blogs estão em sintonia no tema. Muito boa essa análise do filme.

Mirella Machado disse...

Poxa Cris como é que vc faz a crítica do filme que mais tive oportunidade de ver e agora que não tenho mais vc fala bem.... rsrsrs

Ainda não vi, eu pensei que o filme era chato com aquels roteiros monótonos, mas pelo visto e sua resenha ótima não é. Bjos Blogmurus

Marcos Eduardo Nascimento disse...

Foi lastimavel a Academia nao premiar a excelente interpretacao de Colin Firth. Como vc bem disse, eh um trabalho sobre solidao e perda. Otimo filme para rever, debater e refletir sobre o comportamento do ser humano e nao do ser sexual. Valiosa a sua abordagem, Cris. Dizer parabens novamente eh retundante!

beijao!

Tania regina Contreiras disse...

Não sei se os filmes comentados são tão bons assim (muitos não assisti), mas teus comentários são tão persiasivos e envolventes que a vontade e ver. Esse um tema universal, não importa quem o protagonioze. Falar da solidão e do amor perdido será sempre bem-vindo.
Beijos

Rafael Botaro disse...

olá Cristiano!

em primeiro lugar, parabéns pelo belo blog, muito bom mesmo, pode ter certeza que já me virou referência.
quero te agradecer também pela visita aos meus Devaneios Insanos e pelo comentário ao poema "Lembrança". fico realmente prestigiado. vamos nos falando.

um grande abraço!

Kamila disse...

Como não assisti ainda a este filme, não quis ler teu texto, mas acho muito interessante o fato de que este filme chama tanto a atenção de todos. Eu preciso conferí-lo. Ele parece ser MUITO bom!!!

eddy disse...

eu adoro esse filme, é simplesmente Lindo... e adorei a resenha *-*

Pedro Tavares disse...

Bonito através da câmera, através dos diálogos nem tanto. De qualquer forma, um bom filme.

domdom disse...

Mano seu blog é irado ... agora que o descobrir vou vir ake diariamente ler algus artigos q ahei bem interessantes ... vo ae divulgalo no meu TT ...
PS: se vc tiver TT me segue e dar UM UP la pra gente conversar.

Edson Cacimiro disse...

este já está na minha lista. vejo ainda essa semana.
abç

Tucha disse...

Achei este filme incrível, o personagem vai sendo construido devagar da forma que o bom cinema deve ser. Gosto dos seus comentários.

Alyson Santos disse...

Caraca! Isso que dá não estar por dentro das coisas. A unica coisa que sabia sobre o filme era que seu ator tinha sido indicado ao Oscar (Num é?!) e por isso baixei e gravei e só agora com seu envolvente texto fui saber que se trata de um tema tão chamativo, que só de ler parece que sinto o filme. Vou procurar ver esse final de semana mesmo!

Abraço!

cleber eldridge disse...

Fantástico, não? Sensacional, não consigo chamar o filme de outra coisa, que não seja OBRA-PRIMA, Tom Ford dirigiu masgistralmente, conseguiu me tocar por inteiro! Nota 11

Luiz disse...

Oi Cristiano. Nossa, estou meio que sem palavras, porque este post foi talvez o que tenha me tocado mais, de tudo que li até agora no apimentário. Gostei demais. Estou louco para ver o filme. Valeu!!!!

Mateus Souza disse...

Um filme tão bonito visualmente, que perde a sua verossimilhança. Mas esse é só um problema em meio a muitos acertos. Ótimas atuações.

Anônimo disse...

Nossa, que bela análise, estou há muito com vontade de ve-lo, como já escrevi no Luis F., no começo mais pela fotografia, para sair da mesmice, depois por conta do componente homos e agora pela melancolia, estou numa época, data, momento ideal para esse filme! Gde abraço!

Anônimo disse...

Não vi esse ainda, mas recebeu boas crítias; Vou procurar.

Abraço

M. disse...

É não é todo mundo que sabe lidar com a perda de alguém tão querido. Principalmente se esse alguém foi muito mais especial, aquele com quem se dividiu a vida. Pretendo ver esse filme, pelo seu texto maravilhoso como sempre, tenho certeza que é um excelente filme. Um abração e ótimo domingo.

Vinícius Silva disse...

Olá, Cristiano!

Sobre "A Single Man", fiquei impressionado com o trabalho do Tom Ford. Surpreso, pra falar a verdade, considerando que este é o primeiro filme que ele dirige. Um ótimo filme e uma atuação marcante de Colin Firth.

Também te linkei lá no Sob a Minha Lente. Abraços e bom filmes, a gente vai trocando ideias aí agora.

Serginho Tavares disse...

gostei muito deste filme
forte e revelador

beijos

Alex disse...

Um grande filme. Especialmente para quem ama.
Mostra, sobretudo, que o amor não tem sexo, ou melhor, não se importa com o sexo do amado(a).
Duro, como duras são todas as perdas.

Obrigado pela visita. Passarei sempre por aqui!

Tullio Dias disse...

O seu texto mostrou uma faceta diferente do que eu esperava do filme. Pelo jeito ele não sofre de monotonia crônica. haha

Abc

Saulo S. disse...

Voce ter falado dele e agora ter lido o seu texto me deu mais vontade ainda de ver esse filme! Eu mais do que nunca preciso ver!
Imagino que não seja um filme destinado ao público gay, até porque histórias de amor são universais e não deveriam ser taxadas e nem estigmatizadas!
Parabens rapaz, seu texto é brilhante!
:)

LuEs disse...

Concordo com o que você escreveu.

O que mais me surpreendeu no filme foi o efeito estético provocado pelo uso das cores. Achei realmente que esse é o elemento que mais intensifica o resto da obra.
Nunca achei que Colin Firth pudesse ser um bom ator, mas eu confesso que gostei muitíssimo do que ele apresentou. Já Julianne Moore sempre foi uma grande atriz, em minha opinião. Aqui, ela realiza mais uma excelente performance!

O roteiro é bem estruturado e parece nso mostrar toda uma vida, como praticamente faz. Gostei muito de como o último dia de George transcorre, realmente interessante.

Anônimo disse...

Uma bela descrição!
Não assisti ainda, mas fiquei muito interessado!

Parabéns e passar bem.

Natalia Xavier disse...

Bom texto.

Conseguiu exprimir a essência do filme e sua linguagem.

Gosto da cena em que mostra os dois se conhecendo. A música que toca de fundo (Blue Moon - Billie Holliday) está tão dentro do contexto, tão bem encaixado, que parece que Tom Ford cuidou de todos os detalhes para que o filme todo seja uma deliciosa poesia. Amei.

Bjos e td de bom!

Sandro Azevedo disse...

Ainda não vi o filme, mas novamente fui laçado pela sua crítica. Me parece um trabalho acima de tudo sincero e muito profundo. Gosto disso! Vou ver quando estiver bem feliz, pois não quero estímulos para entrar em depressão! rs

Abração!

bruno knott disse...

Putz que filme cara!

Gosto de cada minuto.

Danilo Reenlsober disse...

Ainda não tive oportunidade de assistir "A Single Man", mas preciso me redimir! Rsrsrsrsrs!
Passei pra falar que seu blog é ótimo, com belos textos.
Se quiser, dê uma conferida no meu blog também, estou sempre fazendo textos de cinema:

http://naudepensamentos.blogspot.com/

Até +

Wally disse...

Maravilhoso filme muito subestimado pela crítica especializada americana. Um dos melhores do ano - e belíssima crítica!

Elton Telles disse...

Wow! Belo texto para um belo filme, Cristiano, pra variar.

A dor de George é interiorizada de forma espetacular para Colin Firth, que está um absurdo neste filme. Não colocava muita fé nesse ator, pra ser sincero, mas calei a boca - e eu adoro quando isso acontece, sempre muito bom!

O filme esmiuça esse dia terrivelmente doloroso do protagonista, mas sem exceder para sofrimentos, a própria persona de George denuncia o quanto ele está sofrendo por dentro - e seu istinto de proteção aguça a ponto de não embarcar em "aventuras". E Ford arrasa nesse sentido, destrói nesse ponto.

o que não gostei foi o excesso do perfeccionismo na direção, acabei, por vezes, achando prosaica. E o roteiro tinha que ser mais comedido, porque muitas vezes, a própria imagem já fala por si, daí vai o Nicholas Hoult e abre a boca! rs. Enfim, coisa pequena.

Filmaço!
e a cena em que George recebe a ligação é um teste para descobrir quem tem um gelo no lugar do coração. Se alguém não se emocionou com aquela cena, é um MONSTRO! hahahahaha (me entregando)


abs, Cris! o/

Anônimo disse...

Bonito o título original. Parece delicada a narrativa, embora trágica. Acho que o tipo de filme que eu gostaria de assistir.

Bruno Cunha disse...

A última frase elucida-nos para o verdadeiro poder desta obra inefável.

Abraço
Cinema as my World

Vívian Aguiar disse...

Esse filme está na minha lista "Filmes que quero ver"... rs!
Quero ver, sobretudo, a estreia de Tom Ford como diretor, já que como estlista o seu sucesso é incontestável.
A história parece ser muito boa, e eu, particularmente, gosto muito de filmes que falem de amor, qualquer tipo, forma ou maneira de retratar esse sentimento, pra mim, é muito interessante.
A sua crítica também ajudou a confirmar a minha vontade em ver esse filme ;D

Vívian Aguiar disse...

Ahh! Também concordo que manter um título original na tradução seria muito mais cabível à história.

Armando B. Martins disse...

Oi Cris,
Muito bom seu texto sobre o 'A Single Man'.
Eu considero esta obra de estreia de Tom Ford perfeita.
A preocupação estética impressa em cada fotograma já cria uma marca registrada para o diretor.
Alguns símbolos, ao meu ver, óbvios como os personagens do companheiro (o amor), o espanhol (o sexo) e o aluno (a juventude), são todos partes da personalidade do personagem central.
O roteiro é cuidadosamente tecido e o filme, que poderia resultar angustiante, acaba sendo leve.
A destacar todas as atuações, Colin dá nuances discretas e, ao mesmo tempo, poderosas. Julianne é a amargura encarnada. E Nicholas Hoult, com sua esfuziante beleza, transpira vida.
Parabéns pelo blog!
Abs!!!

Nilson Jr. disse...

Falou tudo. Mais do que uma história homosexual, é uma história de um homem que perde sua "razão de viver". Um estudo sobre a solidão. Colin está absolutamente perfeito e o filme é lindo visualmente.
Parabéns pelo post!

Juliana Góis disse...

Amei principalmente a trilha sonora, bem estilo "As Horas".

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