A sensualidade orgástica invade todos os poros possíveis, o sentimento exala a paixão dotada do encontro da testosterona com a progesterona. O pornô-soft Nove e Meia Semanas de Amor é uma ardente jornada rumo à sexualidade sem limites, no prazer gritante do submundo da própria libertinagem particular. Pulverizante de excitação. O foco centra-se no envolvimento de dois indivíduos desconhecidos. Elizabeth (Kim Basinger) atua profissionalmente numa galeria de arte e, recentemente, divorciou-se. Inesperadamente, o destino ataca malicioso e providencia a malandragem - ela conhece, por acaso, John (Mickey Rourke), um misterioso indivíduo que a tira do eixo, da órbita feminina. Como refrear os desejos que já se demonstram de maneira súbita? Tão logo se conhecem, evidencia-se o absurdo desespero do tesão. E ambos sentem-se ansiados um pelo o outro. Através dessa premissa objetiva, porém pautada em uma visão erotizada - o filme dirigido por Adrian Lyne atua na linha do apelo sexual e do romance com toques de suspense. Um climático retrato de desejo, sentimento e emocionalidade na esfera dos anos 80. Escrito por Sarah Kernochan, Zalman King e Patricia Louisianna Knop (baseado em livro de Elizabeth McNeill) é um estudo de senso obscuro da sexualidade muito bem dosado, que desperta na mente de qualquer pessoa os anseios libidinosos capazes de mexer com a carne, a alma. Um filme que simboliza, como muitos, a delícia do orgasmo na Sétima Arte. O sentimento entrelaçado com a sensualidade? Eis a intimidade de homem e mulher.
Ele, um rico corretor de valores, disposto a seduzir com todos seus atributos a mulher que anseia desesperadamente por ele - então, a devora com os olhos, como se comesse cada parte de carne de seu corpo, logo no primeiro encontro. Prelúdio do tesão? John vê na sua "vítima", Elizabeth, a típica mulher que todo homem sonha, idealiza: a fêmea capaz de, entre quatro paredes, exercer todas suas vontades e satisfações sexuais. Então, a seduz plenamente com jogos de olhares e charmes provocativos. E ela, perdida na atmosfera dos flertes e do sensualismo a dois, predestina-se. Envolvem-se sem saber muito das origens de um e de outro - o laço se fortalece com a irrepreensível química traiçoeira, não menos deliciosa, que se apodera. de ambos. É sintonia, é avassalador desejo e é tesão ansioso que torna tudo mero jogo de conquistas. Sim, são dois passionais - tanto ele quanto ela. John exerce um fascínio evidente, capaz de retirá-la da lógica racional - ela condiciona-se aos seus jogos; afasta-se do seio profissional. Elizabeth é tentada pela órbita da masculinidade dele, há a necessidade de ser possuída ardentemente por esse homem misterioso. O envolvimento de ambos é gradual, mas o sexo já demonstra ser perverso - repleto de gemidos, agressividades, transas furtivas, violentas. O frisson hipnótico beira à loucura - Elizabeth nem consegue permanecer longe do amante sem se masturbar pensando nele. Como aliviar a densa euforia que acelera seu tesão pulsante? Seria essa relação destrutiva? Existia nessa perversão algo prejudicial? Ao ponto que a relação se intensifica e condiciona-se aos fetiches, prazeres da carne e sexo desenfreado - a prática dos atos desenvolve-se como algo perigoso, incerto e até sem senso de controle. O teor da luxúria é exalado a cada situação, a intenção é ter maior prazer, sem pensar nas consequências.
Elizabeth, por ser atraída sexualmente e subordinada ao charme, presença e testosterona externada por John - acaba-se, irremediavelmente, submetida aos seus comandos lascivos. Torna-se fêmea passiva depravada, submissa ao modo autoritário do homem que exige e atira ordens, constantemente. Ainda que ela tente entender esta relação, porém para o desejo - e paixão também - não existe o senso da lógica. Então, com o convívio e a prática orgástica, ela passa a ousar: sai de seu mundo contido para transgredir sexualmente, além de mudar seus padrões de comportamento e limitações psicológicas. Involuntariamente torna-se imoral? Qual senso da moralidade? O que deve ser aceitável ou não no sexo? John transcende as próprias barreiras de Elizabeth - mostra os novos caminhos de um sexo diferente, até então desconhecido por ela. Ele come seu corpo, sua alma - seu coração? Ela goza de todas as formas possíveis. Interessante o contraponto, ele é o exímio manipulador - ora mascarado, romântico e sensível, ora depravado e dominador, total pervertido. Seu olhar é um misto de malícia e inocência, seria o charme de sua masculinidade? Ela, com modos de menina-mulher, inibe-se, inicialmente, com uma fragilidade aparente. Mas, aos poucos, ambos tornam-se um só nos encantos indecentes. Intrigada, tenta desanuviar a obscuridade do seu amante, indagando-o como ele sabia que ela se entregaria totalmente como o fez. Ele apenas diz: "Eu me vi em você". É pura sedução, conquista e sincronia. E Lyne não se preocupa tanto em tornar o roteiro tão firme, pois apenas foca nessa vertente de fetiches do homem com a mulher e acaba por ausentar-se em dar um acabamento aos personagens secundários - nota-se a superficialidade na abordagem do universo profissional de Elizabeth e John, de fato apenas o sexo prevalece como ponto primordial no filme.
A libidinosa mente de Adrian Lyne, imerso em seu cultivo sexual, concebe cenas marcantes deste império do mundo da fantasia sexual: a preliminar de Elizabeth e John com degustação de especiarias, comidas e doces - a cena do fetiche com alimentos expressa o sexo regado a mel em todos os poros, onde a câmera percorre os corpos, close-up nas bocas e, procurando efeitos visuais, utiliza-se da força imagética para impulsionar a sensualidade. O filme até sugere mais do que mostra. Alia-se do jogo de luzes, cores e da fotografia criativa (um tanto publicitária, meio videoclipe) de Peter Biziou para expor cenas de pura combustão erótica. É como sentir, vivenciar, cada sensação do casal em cena - desde as cores, os lábios e os sons que captam cada momento compartilhado. É como se cada imagem revelasse a excitação exteriorizada pelos amantes. E a trilha sonora de Jack Nitzsche ganha contornos melódicos sexy. O tom erótico, a intimidade deles exposta e a perversão sexual são bem concebidas - a narrativa centra-se nesse elo sexual que eles transparecem. O entrosamento interpretativo entre Bassinger e Rourke é bem picante e latente, veracidade apimentada, o casal explode em cena sem esperar aval do público. É sexy-appeal vê-los num apartamento entre taras secretas, pimenta, leite, caldas de chocolate, gelo no corpo; unidos pelas próprias fantasias - eram atores, até então, de fácil degustação e erotização. Há cenas com sequências marcantes ao som de Slave to love, onde ambos transam no interior de um prédio com um relógio ao fundo; uma acrobática coreografia sexual num bueiro de esgoto à noite, sujo e molhado pela chuva, entre os degraus de escada e paredes descascadas, feito animais no cio - pequenas cenas sensuais que compõe toda a verve da película. Filme de sedução inesquecível.
Nine 1/2 Weeks (EUA, 1986)
Direção de Adrian Lyne
Roteiro de Sarah Kernochan, Zalman King e Patricia Louisianna Knop, baseado no livro de Elizabeth McNeill
Com Mickey Rourke, Kim Basinger, Margaret Whitton, David Margulies, Christine Baranski
33 opinaram | apimente também!:
Nossa...
Belíssimo discurso sobre esse filme que demonstra mesmo esse lance de sexo comandado, de fêmea disposta a ser subverniente aos desejos do macho. Vi esse filme ha pouco, e concordo com tudo o q está escrito
Filme cult e que me lembra quando os cinemas do centro de sp valiam à pena uma visita. Detalhe: ficou em cartaz por mais de dois anos por aqui. Fantastico!
Abracos.
amo de paixão esse filme que me remete demais aos anos 80.
trilha sensacional....
quem é que nunca escutou ''slave to love......'' ??!!mara!
a kim esta super sexy,assim como o michey rourke,que hj em dia está irreconhecível!
mais um filme que exala uma sexualidade ávida....ADORO ISSO!
bjk!
Vontade é o que não falta, mas nunca encontro este filme para assistir.
tudo no filme é muito sensual e provocativo,
Slave to love é maravilhosa como ja foi citado, a musica sozinha clima o clima, e a gente sonha, é claro em poder viver no mundo real, algo, que ainda que remotamente parecido com o filme, uma paixão avassaladora, função dos filmes é claro, e este post me fez comentar pela forma como vc descreveu o filme. parabéns! foi muito envolvente.
Vi ainda na época que esse filme era lançamento nas locadoras, ou seja, faz um bom tempo, lembro que gostei muito, não sei hoje se teria o mesmo efeito em mim... se achar pra ver quem sabe descubro.
abç
Assisti Nove e Meias Semanas de Amor já faz um tempão, mas ainda me lembro bem da historia e de como Mickey Rourke era lindo e sedutor. Assusto-me ao vê-lo hoje e compará-lo... Triste!
Nove e Meias Semanas de Amor é um marco da década de 80 que nunca será antigo com uma historia realistas sobre as relações humanas onde a obsessão doentia toma conta das pessoas.
Aqueles que acreditam em amor verdadeiro tendem a não gostar muito do filme ou até mesmo se assustam ou sentem repulsa... Mas a vida na realidade é isso: um jogo
Obs:
Adoro a trilha sonora,
Filme que transborda luxúria e paixão!
Concordo com você em muitas coisas. Faz algum tempo que assisti a esse filme, me lembro de ter ficado impressionado - não tanto pela história, mas pelas cenas sensuais. A dança de Basinger eternizou Joe Cocker, tornou a canção referência às cenas de striptease.
Concordo totalmente quando disse que Lyne não se preocupou tanto com o roteiro. O filme todo é apenas fetiche, são fotografias de momentos de atração e tesão. Os personagens interagem sexualmente de vários modo, mas, de certa forma, são bem planos e estagnados.
Gosto bastante de duas cenas: aquela em que ele escorrega uma pedra de gelo pela barriga dela e aquela em que ela faz com que ela se rasteje, recolhendo notas que ele jogou pelo chão. Não posso também me esquecer das cenas da chuva, na qual ela dança toda molhada, e da cena das brincadeiras com comidas - e nelas está inclusa uma pimenta bem saborosa!
=)
Gostei do texto, parabéns.
Já ouvi todos os tipos de comentários a respeito do filme, tanto bons quanto ruins, mas, ainda não tive a chance de assistir, na verdade nunca nem vi ele nas locadoras, fica a dica.
Eu tenho esse filme aqui em casa. Concordo em tudo o que você discorreu sobre o envolvimento das personagens de Mickey Rourke e Kim Bassinger. É tudo isso mesmo! É um dos filmes mais sensuais dos anos oitenta e com uma trilha sonora perfeita para a época. Quem escuta "Slave to love" sempre vai fazer referência a este filme.
Nossa adoro esse filme! Adorei como vc descreveu o filme! Você arrasa!
Affff... vou assistir... rsrsrs
Você é ótimo.
Beijos.
Mickey Rourke como galã e ser o que é hoje eu acho uma coisa sensacional rs. Adoro esse cara, sempre gostei.
assisti "9 1/2 Weeks" há muuuito tempo, lembro de nada. Teria que rever para compartilhar (ou não) de sua opinião. Mas uma coisa que essa memória infantil não esquece jamais é de Kim Basinger dançando... hahaha! =D
abs!
Na verdade, Adrian Lyne até hoje tente repetir o sucesso deste longa, mas não consegue. E a presença da Kim é mesmo inesquecível! Grande abraço!
Eu assisti à tempos, sem imaginar que seria justamente um porn-soft... Então não gostei, mas achei mesmo muito sensual, cenas lindíssimas(entenda como quiser), etc...
Já ouvi falar, mas ainda não tive a oprotunidade de ver.
Nossa e que filme hein. Tira uma dúvida, pq na maioria dos filmes mulheres apaixonadas é sinônimo de mulher submissa ao homem?
Adorei sua resenha e o enredo do filme tão bem contado. vou procurá-lo sim.
Acima de tudo é um filme que se transformou em cult rapidamente como disse o Marcos Eduardo, o filme ficou em cartaz por mais de dois anos cine Belas Artes em SP.
Abraço
Captei a palavra "predestinação"... Predestinados? Não vi, mas fica a vontade.
Beijos,
Tânia
Adoro seus textos, Cristiano! :) Eu acho esse filme, além de sensual, muito interessante. Ele é paixão pura!
Trata-se de um daqueles filmes que constam em várias listas do tipo "você precisa ver". E eu realmente preciso, pois ainda não vi. O que posso dizer, sem conhecimento de causa, é o que li numa entrevista com a Maria Bethânia, em que ela falou sobre sexo e relacionamentos. Na verdade, uma opinião não muito favorável ao filme...
Não conheço...nossa Mike Rourke novinho hahahahaa
Vi este filme nos anos 80, no cinema. A fotografia do filme está muito associada à estética publicitária. O Adrian Lyne, diretor, foi um premiado diretor de filmes publicitários e junto com Ridley Scott levou para o cinema destes anos muito destas referência.
Clássico! :)
É daqueles filmes clássicos que fica em nosso imaginário, sensual, forte, sem ser vulgar...
bjs
Obrigada pela visita no meu blog, vim retribuir o carinho, e achei o teu mt interessante, gosto mt dos blogs com essa proposta de leitura, poesia, indicaçoes de filmes, sai um pouco da coisa do blog de moda, adorei, vou te seguir, bjos
Parece ser um clássico, cult, ardente e inesquecível..
Dentre estes adjetivos, pq será que vc lembrou de mim?
:D
Eu gostei desse filme... Mas não tanto! Acredito que ele causou em mim um efeito inverso à sua proposta. Não consegui ficar presa ao jogo do casal, ao clima erótico que está presente em todo o filme...
O nervosismo e a agonia pela situação me dominaram o tempo todo e algumas cenas do filme chegaram a me incomodar.
Mas tem cenas magníficas, que eu gostei bastante, como "a preliminar de Elizabeth e John com degustação de especiarias, comidas e doces".
Acho que a Júnia captou bem o que deve ter acontecido comigo:
"Aqueles que acreditam em amor verdadeiro tendem a não gostar muito do filme ou até mesmo se assustam ou sentem repulsa..."
Um grande clássico, muitíssimo relembrado por este post. Legal relembrar tanta coisa boa desse filme, principalmente Mickey Rourcke e Kim Basinger... novinhos!
Texto profundo sobre um tema ardente e "pecador". Concordo e indico a todos que gostaram desse filme a verem: Cidade dos Sonhos e A Ultima Ceia. Duas produções que também exploram o sexo com temática forte e pesada.
Texto profundo sobre um tema ardente e "pecador". Concordo e indico a todos que gostaram desse filme a verem: Cidade dos Sonhos e A Ultima Ceia. Duas produções que também exploram o sexo com temática forte e pesada.
Como você disse no começo do seu texto, 9 e 1/2 Semanas de Amoré um pornô-soft. Para mim, essa é uma boa concepção, pois não consigo enxergar muita coisa nessa obra.
Discordo de você em grande parte da sua análise. Acredito que o envolvimento dos personagens só não se mostra mais intenso porque ele praticamente se justifica nas cenas sexuais. É evidente que há um envoltório psicológico, mas não creio que ele seja bem abordado - Elizabeth e John têm química, isso é perceptível, e ele exerce um influência devastadora nela, mas de que forma isso a afeta psicologicamente? Acho que a personagem é mal construída, penso que as expressão que vemos nela provém de fatores internos, penso que ela simplesmente seja instável. John é charmoso, indubitavelmente é um homem capaz de enloquecer, tanto pelos modo de flertar quanto pelo seu histórico de vida misterioso, mas ele também parece não se desenvolver ao longo do filme. Considero que tanto ele quanto Elizabeth sejam bem planos, o que me incomoda numa narrativa pretensiosa como essa.
As situações até que são bem exploradas, instigam o espectador, mas a força do filme se encontra exclusivamente nas cenas sexuais - sem elas, ele se torna monótono e até mesmo forçado. Cito, por exemplo, a cena em que Elizabeth vai atrás de um velho artista, a fim de expor uma obra sua. Essa cena parece simplesmente inserida ali para que tenhamos a impressão de que o filme é muito mais do que realmente é.
Eu sei que você enxergou essa abordagem de Lyne como positiva, mas eu não vejo assim. Penso mesmo que abordar o interior dos personagens seria mais improtante, mesmo que o diretor decidisse ignorar a secundariedade dos eventos circunstantes à relação dos personagens.
De proveitoso que se pode tirar do filme? Algumas coisas, como por exemplo:
- pode-se repetir algumas das cenas;
- pode-se ouvir a trilha sonora e deixar-se embalar por ela.
Gostei muito do seu texto, parabéns.
Como você disse no começo do seu texto, 9 e 1/2 Semanas de Amoré um pornô-soft. Para mim, essa é uma boa concepção, pois não consigo enxergar muita coisa nessa obra.
Discordo de você em grande parte da sua análise. Acredito que o envolvimento dos personagens só não se mostra mais intenso porque ele praticamente se justifica nas cenas sexuais. É evidente que há um envoltório psicológico, mas não creio que ele seja bem abordado - Elizabeth e John têm química, isso é perceptível, e ele exerce um influência devastadora nela, mas de que forma isso a afeta psicologicamente? Acho que a personagem é mal construída, penso que as expressão que vemos nela provém de fatores internos, penso que ela simplesmente seja instável. John é charmoso, indubitavelmente é um homem capaz de enloquecer, tanto pelos modo de flertar quanto pelo seu histórico de vida misterioso, mas ele também parece não se desenvolver ao longo do filme. Considero que tanto ele quanto Elizabeth sejam bem planos, o que me incomoda numa narrativa pretensiosa como essa.
As situações até que são bem exploradas, instigam o espectador, mas a força do filme se encontra exclusivamente nas cenas sexuais - sem elas, ele se torna monótono e até mesmo forçado. Cito, por exemplo, a cena em que Elizabeth vai atrás de um velho artista, a fim de expor uma obra sua. Essa cena parece simplesmente inserida ali para que tenhamos a impressão de que o filme é muito mais do que realmente é.
Eu sei que você enxergou essa abordagem de Lyne como positiva, mas eu não vejo assim. Penso mesmo que abordar o interior dos personagens seria mais improtante, mesmo que o diretor decidisse ignorar a secundariedade dos eventos circunstantes à relação dos personagens.
De proveitoso que se pode tirar do filme? Algumas coisas, como por exemplo:
- pode-se repetir algumas das cenas;
- pode-se ouvir a trilha sonora e deixar-se embalar por ela.
Gostei muito do seu texto, parabéns.
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