Menage a trois

A casa do fim do mundo coloca dignidade na atuação de Colin Farrell, um ator que tem se limitado a filmes com pouca criatividade, atualmente. Dirigido por Michael Mayer, é uma abordagem séria sobre relacionamentos confusos e inconstantes. Roteirizado pelo mesmo autor de As Horas, o filme é um prognóstico sensível e determinado sobre o universo da sexualidade dos anos 60. A premissa é mostrar a trajetória de dois amigos de infância, muito unidos, que cresceram imerso às descobertas sexuais e intimidades relevantes. Passado a convivência nos anos 60, os anos passam e eles mantém certo afastamento. A catarse ocorre quando, já no período dos anos 80, envoltos na própria descoberta da maturidade, se encontram e, inesperadamente, observam-se apaixonados por uma mesma mulher - daí, compulsivamente, desnudam-se desavenças, incertezas e, consequentemente, a amizade é questionada a ponto de ruir. Como prevalecer a infância dentro de nós? Há chances de superar sentimentos confusos, entrelaçados? A situação de estar envolvido num relacionamento a três pode ser prejudicial. Ou não? Como manter a lealdade, compromisso e reatar laços perdidos no passado? O filme mostra que o sexo pode ser um forte condutor a unir e, gradativamente, destruir sentimentos. Os personagens masculinos amam e transam, não questionam muito. A homossexualidade se mescla com o bissexualismo? Afinal, há definições para o sentimento-tesão?

Colin Farrell é o cabeça dessa relação destrutiva, pervertida e instável - determina sua masculinidade avassaladora com uma interpretação voraz. O elenco é apoiado pela presença da talentosa Robin Wright-Penn e Dallas Roberts, compondo com Farrell o triângulo amoroso-sexual. Há uma presença delicada, notória, de Sissy Spacek.

O filme questiona a intimidade, vontades e desejos incomuns do ser humano. Há também um aspecto muito acentuado na reconstrução da época hippie - auxiliados pelo embate das drogas e rock'roll. Como viver fora dos padrões da sociedade? O que é permitido numa relação? Ao sexo, tudo é possível.

37 opinaram | apimente também!:

Unknown disse...

Olá! Havia passado apenas para agradecer pelo seu comentário no Canto do Escritor, mas acabei gostando de seu blog, e já estou seguindo. =]

Gostei da resenha dessa postagem, me deu vontade de ver esse filme.

Anônimo disse...

Acho que não apenas à época hippie, ser diferente e tentar se encaixar na sociedade sempre é um problema. Fato.


Abraço !

Phalador disse...

Putz!

Complicado isso tudo. Sou meio recalcado em relação a certas coisas.

essa msitura toda ainda não consigo digerir!!

Cocada.g disse...

Com certeza um bom filme! Assisti a alguns meses atras e gostei muito! O que me chamou muito atenção no filme é que o autor conseguiu retratar bem o crescimento dos dois personagens masculinos! De como a amizade entre os dois garotos se desenvolveu e se transformou em algo maior.

boa crítica como sempre!

abraços!

Thiago Alves disse...

Muito bom!!!

Thiago Alves disse...

Muito bom!!!

Serginho Tavares disse...

ainda não vi mas sou louco pra ver esse filme

BRENNO BEZERRA disse...

Lamentei profundamente a não indicação de Colin ao Oscar por NA MIRA DO CHEFE

Anônimo disse...

HUuuum!

Deu vontade de assitir!

Vc tem esse na sua coleção, Bê?

T1460 disse...

Parece um ótimo filme mesmo!

Luciano Braz disse...

Olá
PAssando para ver as novidades e deixar um abraço.

Parece bom este enredo.

Luciano Braz

Hugo de Oliveira disse...

Hum...quero assistir...

abraços


Hugo

Anônimo disse...

Obrigado pela visita amigo..fico contente pelas congratulações. Sua escrita também é fenomenal, embora seja sobre uma ssunto do qual nao entendo muito, adimiro a forma como vc trabalha com as palavras..

abraço fraterno..volte quando quiser..

Century Child

Unknown disse...

Seu texto me fez pensar e certamente é mais um filme que vai entrar para a lista dos filmes que tenho que assistir! Então, chamada para a rede de relações virtuais, vou dividir algumas breves considerações. :O)
Antes de você dizer que o filme se passa nos anos 60 eu, sinceramente, achei que o filme trataria dos relacionamentos de agora, anos 2000`s, o que me faz pensar em como somos repetitivos. Como prevalecer a infância dentro de nós? Prevalecer? Que tal coexistir enquanto força positiva, lúdica e amorosa, com o adulto que está no mundo?
Sentimento não são confusos. Confusos somos nós :O), que ficamos a entrelaçar sentimentos sem querer nos responsabilizar, fazendo sem querer. Sou careta, mas acho que relacionamentos, a dois, a três, a dez, podem dar certo desde que todo mundo esteja disposto ao trabalho que dá. Relacionamento romântico, amoroso, a dois já é delicado, colocar mais um(a) na historia me cansa só de pensar. rsrsrs
Gostei da palavra lealdade, é mais que fidelidade, mais que o cumprimento formal das juras feitas ou caladas, lealdade é compromisso, e compromisso só pode existir se renovado, renegociado, atualizado.
O sexo não faz nada, nós é que fazemos o sexo. Seja lá o que fizermos dentro de uma relação pode unir ou destruir r alianças, contratos. Vai e volta.
Tesão, para o sentimento não há limites ou definições, para o que se faz com ele, necessariamente. Afinal, como é uma relação, há sempre a moldura para o quadro que pintam os envolvidos.
Intimidade, desejos e vontades humanos incomuns são revelados no filme, será que são mesmo incomuns ou nós é que não falamos muito das obscuridades/liberdades que nos acometem? :O)
De que padrões sociais estamos falando? Viver fora do padrão como tantos vivem não seria viver num outro padrão? Essas composições “fora do padrão” têm regras internas as vezes bem rígidas, tão características aos guetos.
Numa relação fica permitido tudo aquilo que for acordado, e o que é o sexo que não um forma possível de relação. :O)

Adorei a resenha!
Abraço,
Elis Barbosa

Andre de P.Eduardo disse...

Gosto do Farrel em "Novo mundo", de Terrence Malick; não sei se é sua melhor atuação, mas talvez seja seu melhor filme (ao menos, o que mais gosto).

Quanto a Sissi Spacek, ela é um fenômeno, seja em Carrie, seja em História Real... até hoje é uma atriz subestimada no cinema americano. Vou ainda escrever a respeito sobre. Abços!

Jeany disse...

Gostei MUITO do jeito que vc expoe!!

Vou sempre vir aqui!

Dê uma passada no meu blog e me ajude com uma dica!

Beijao

LuEs disse...

Cristiano, quero assistir a esse filme. Sua resenha me fez querer vê-lo. Minha lista aumenta a cada dia.
Sempre que vamos à locadora - isto é, cinco vezes por semana -, eu digo ao Renan que há algo no Colin Farell que o torna simpático (embora não o ache exatamente um bom ator).
Como simpatizo com o ator, já é um motivo a mais para vê-lo.
Vou conferir.
;)

disse...

ok, vou procurar esse filme.
ah, e muito obrigado pelas doces palavras

Unknown disse...

Oi cris, Sinopse perfeita do filme. Deu até vontade de assitir.
Falando em filme, filmes são sempre bons né, não há ansiedade que resita a um bom filme, sozinho ou acompanhado, um filme sempre cai mto bem qualquer dia, hora ou ocasiao.
Bjos

Gleydson Barroso disse...

Cara, adoro suas dicas de filme!!
Essa é mais uma ótima dica.

Abraços queridão!!

Rodrigo Mendes disse...

A cena do Colin Farrel beijado o cara neste filme ficou melhor que em 'Alexandre, o Grande'

Abs, CRIS. Excelente!

Arsênico disse...

Esse filme é terrívelmente idiota... eu ouvia muitos rumores de que era um filme perfeito...

Realmente o que salva um pouco é a atuação incomparável de Collin... mas o roteiro é confuso demais... é fraco demais...

Me arrependi de vê-lo...

umBeijo!

***

Breno Reis disse...

Nao sei prq, mas nao vou com a cara do Colin Farrell, rs. Talvez seja devido aos filmes que ele andou fazendo atualmetne e que, como voce disse no post, possuem pouca criatividade. Mas a dica está anotada. Abraço.

Daniel disse...

Cara, valeu por visitar meu blog e pelo elogio, pois pra mim o que comentou foi um elogio.

O seu me parece que tem algumas coisas em comum com o seu e eu vou visitar sempre aqui também.

Depois pretendo dar uma olhada com calma nas postagens anteriores.

abs

Tânia Meneghelli disse...

Também gostei bastante, vou ver esse filme. Ótima dica! Beijoca!

Paulo Alt disse...

tb não estava indo com a cara dele, acredita? e nunca vi esse filme, nem pra baxar e nem na locadora. ainda assisto. título interessante. e o modo como vc colcou ele tb. nice picture. gosto qndo há essa mudança de épocas nos filmes, principalmente qndo não é no tempo atual.
resolveu trocar a ordem da lateral mais uma vez neh? peixes pra baixo, contador tb hehe.. se não me engano já esteve diferente.
abrass, amigo.
ve se volta logo

Anônimo disse...

BACANA MESMO ....


AS SUAS INDICAÇÕES DÃO SEMPRE VONTADE DE ASSISTIR ...

MAS O QUE ME FALTA INFELIZMENTE É TEMPO E PROCURAR ...
MAS ADORO PASSAR AQUI NO BLOG E VER AS NOVIDADES ...

ABRAÇÃO, E BOA SEMANA.

DILERMArtins disse...

Mas bah, tchê.
Excelente resenha, ainda não vi o filme, mas vou ver, após a leitura do seu texto.
Parabéns.

Caio Miniaturas disse...

Antes de mais nada, Cris, valeu pela visita ao blog dos Miudíns e pelos elogios lá deixados. Rapaz, sabia que esse é um dos meus filmes favoritos? Adoro filmes que retratam o threesome (relacionamento a três), e dentres os que vi, tenho e coleciono, esse é um dos que mais mexeram comigo. Não sou fã do Collin, mas a atuação dele está soberba. E a sutileza e sensibilidade da direção dão aos personagens (principalmente os que fazem os garotos no momento da descoberta sexual) uma força enorme. É um filme que já vi trocentas vezes mas, ao ler a sua (ótima) crítica, quero ver hoje ainda uma vez mais. Parabéns pelo dom da escrita e pelo ótimo gosto cinéfilo.

Carolina disse...

Li outro dia uma crítica sobre o filme e quero muito ver. Me interessei por este mundo de turbulências tão longe e ao mesmo tempo tão perto de nós.

Boa dica!

bjos meus

Fabiana disse...

gostei da temática e agora quero muito ver esse filme...

quero ver se o Colin beijando outro cara vai superar a cena do beijo gay de O Segredo de Brokeback Mountain ;)

bitocas

Larissa Araújo disse...

Agora deu vontade de assistir, eheeh

Vou procurar.

bjuw

Reinaldo Glioche disse...

Taí um filme sensível que evita soluções fáceis. E acho que Colin Farrel é um ator muito bom, quando bem dirigido. Ele ainda precisa que alguém lhe imponha limites.

Red Dust disse...

Um filme com um mínimo de interesse, mas confesso que a história não me cativou por aí além...

Abraço.

Unknown disse...

"coloca dignidade na atuação de colin farrel, um ator que tem se limitado a filmes com pouca criatividade, atualmente" .colin farrel trabalhou atualmente em um filme chamado na mira do chefe, que por sinal e muito bom 0-0 (quer mais originalidade que isso?).

Cristiane Costa disse...

Fiquei muito interessada neste filme porque eu concordo que o sexo é o fio condutor para prazeres e dissabores, elevação e destruição.

Vou ver se consigo encontrá-lo e, dado o excitante tema, terei o maior prazer de falar a respeito. bjs!

Fred Burle disse...

Muito interessante!
Esse filme foi lançado no Brasil?
Não me lembro de tê-lo visto por aí...
Fiquei com vontade de ver.

Abs!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Aperitivos deliciosos

CinePipocaCult Sociedade Brasileira de Blogueiros Cinéfilos Le Matinée! Cinéfila por Natureza Tudo [é] Crítica Crítica Mecânica La Dolce Vita Cults e Antigos Cine Repórter Hollywoodiano Cinebulição Um Ano em 365 Filmes Confraria de Cinema Poses e Neuroses