Sabe o filho renegado pelos pais? E a namorada do irmão que sempre desejou? E como se pronunciar diante de uma família desestruturada? O amor pode ser fortalecido diante de tantos desajustes? Vidas Amargas, de Elia Kazan, denuncia um conflito familiar que ecoa como arte nos dias de hoje. Foi um dos primeiros filmes a demonstrar os adolescentes de forma autêntica, realista. Algo estava fora dos eixos na sociedade americana e Kazan anunciou a crise - desnudou dramas familiares, injustiças dentro do lar e negligência sentimental. E como não falar do desejo? Pois ele está inabalável e presente no decorrer do filme. O foco no roteiro usa parte do romance que o originou, a segunda metade do livro famoso de John Steinbeck, A Leste do Éden - que, por sinal, tem como base a história bíblica de Caim e Abel, os filhos de Adão e Eva. A trama gira em torno de dois irmãos, Aron (Richard Davalos em atuação sensível) é o predileto do pai Adam (Raymond Massey) e noivo de Abra (Julie Harris, meiga e expressiva) - esta percebe as injúrias familiares e tem certo interesse pelo renegado e solitário Carl (James Dean, único), nitidamente esnobado pelos entes familiares. A catarse ocorre quando Carl descobre que a mãe, então dada como morta, reside na vila ao lado e é uma cafetina de luxo. Tudo, então, se descontrói completamente. James Dean, em seu primeiro filme, revela-se visceralmente notório, um misto de solitário e sensualidade - uma atuação efervescente, hipnótica. Seu personagem ferve progressivamente, é instável e sedutor, uma performance voraz - ele personifica um adolescente em busca de construção de identidade, lutando por afirmação, reconhecimento e afeto. É tocante observar, seu personagem transmite carência, energia reprimida, inquietude e certa necessidade de externar todos os desejos íntimos - somente um ator tão intenso poderia conceber tamanha atuação. A película provoca sentimentos contraditórios: há momentos de tristeza aprofundada, momentos de amorosidade terna e outros que é puro charme sentimental. Um filme selvagem e memorável.
Há 9 horas
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Já estava acompanhando pelo feed, agora tb publicamente aqui entre os seguidores Cristiano. Um prazer ser leitora por aqui.
beijos
cris esse filme eh demais, bom.. jah comentei com vc
e seu modo de ver o personagem do Dean tb é perfeito, concordo em tudo
parabéns
abraçoo
[gostei da imagem]
Cris,
acho este o melhor filme do James Dean (dirigido por um fera como o Elia kazan), mesmo gostando também de JUVENTUDE TRANSVIADA do Nicholas Ray.
O filme com o James Franco, sobre a vida dele é ótimo, confira!
Abraços/bjs amigo!
Esse filme eu queria ver!
:*
tá ai um cara foda!
Obrigada por me seguir.
Gostei do Apimentário, serei frequente aqui.
=*
Oi Cris
Obrigadão pelo lindo coment, no meu blog. Eu adoro anos 80 e foi bacanca rememorar todos aqueles momentos.
Mas comentando sobre o seu post: não vi esse filme ainda, mas sou fã do James Dean, há tempos. Pela ótima forma como você nos adianta o roteiro, deu vontade de procurá-lo numa locadora, imediatamente. Adoro os livros do John Steinbeck, "A Pérola", "Vinhas da Ira"... Muito bons, mas uma razão pra ver esse filme. Enfim, como sempre, ótimas dicas culturais.
Sobre a discussão no antepenúltimo post: internet é um meio fantástico, sobretudo por permitir que cada um se expresse como quiser. Isso que é bacana. Só vai aqui uma provocação: o que você me diria sobre "Luciola" e "A Dama das Camélias", respectivamente de Alexandre Dumas Filho e José de Alencar? Não tenho a menor vontade de ler o livro "Doce Veneno do Escorpião", porque a história e a escrita em si não me agradam. Sugiro que leia a biografia "Eny", de um amigo meu chamado Lucius de Mello. Você vai gostar e deve ser rodado até um filme com a Vera Fischer no papel título.
Amigo, parabéns pelo seu espaço tão apimentado!
Abração!!!
L.F.
Fantástica dica, vou procurar. Isso nos arremete a uma realidade americana de alguns tempos atrás.
Abs
Rapaz, estou sempre por aqui, apenas, só comentam em posts de filmes. Esse, por acaso, cometi o erro de ainda não ter assistido, uma falha na filmografia de James Dean.
bjs
Grata pela visita e incentivo. To estreando...rsrs
Quanto ao seu, parabéns! Vejo um bom crítico tomando forma.
Mas só 24 aninhos? Jura? Tu é um "espírito velho" né não? rsrs
Voltarei mais, viu?
Bj
Cristiano obrigado pelas belas palavras!
Obrigado pela visita.
Também achei legal o seu blog e gostei da boa dica de filme.
um grande abraço!
Definitivamente, não dou conta de seguir todas as dicas, isso tá me deixando crêize. Apesar de cinéfila, meus dias precisariam ter 30 horas pra poder seguir tanta dica boa.
Beijone,L.
adoreiiiiiiiiiii...
poderoso!!!!
abraços
Quero ver!
;D
James Dean faz falta ... perfeito ele ... outra fantástica dica de filme ... parabéns ...
;-)
Infelizmente é um filme que eu ainda não tive oportunidade de ver... mas quando puder, vou vê-lo com certeza.
Bjs
A forma como discreve a trama e seus personagens, desperta o interesse e a curiosidade. Quero assistir!
=]
Adorei a dica.
Bjos!
Poxa nem sabia de Kazan e James Dean juntos, deve ter saido coisa boa no minimo. Recentemente revi UMa rua chamada pecado que particularmente acho formidável.
abraço!!
que ótimo teu blog.
e que bom que me acompanhas.
um carinho dos bons.
beijos!
Uma das melhores adaptações da literatura para o cinema. Destaque para a construção das relações familiares.
Ah sim, meu caro. Meu orkut é: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=13760598144729619513
Abraço
procurei o mais que puder este filme..já o tinha falado...mais nunca tido um tempo mesmo para me ater....
Ademerson Novais de Andrade
Cara me amarro em James Dean, principalmente o lado Rockabilly dos anos 60...
Valeu pelos comentários...
Abração!
Olá, Cristiano. Vi seu comentário lá no blog. Fico feliz que tenha gostado. Valeu mesmo! E vi que tem mtas coisas legais por aqui. Voltarei :)
Cristiano, esse é o primeiro dos 3 filmes estrelados por James Dean e, na minha opinião, sua melhor atuação, embora para muitos sua marca registrada será a de Jim Stark em "Juventude Transviada", do mesmo ano, 1955. Um fato curioso é que foi também sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator (póstuma) e a primeira desta natureza na história do prêmio. A outra viria, também póstuma e consecutiva, com "Assim Caminha a Humanidade", em 1956. O filme é bem conduzido, com um elenco de primeira. Julie Harris quase não foi escolhida para o papel, por parecer muito madura para tal. Raymond Massey( que fazia o papel de pai) e James Dean não se afinavam na realidade (ironia do destino). Jo Van Fleet como sua mãe brilha. Não foi à toa que abocanhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação. Abcs
Não assisti a este filme, mas a sua descrição do mesmo é muito interessante!
Gosto muito dos 3 filmes q o James Dean fez, ñ tenho um q prefiro mais, são 3 belos trabalhos desse ator promissor, q nos deixou cedo demais! Excelente crítica como sempre!
Abs! Diego!
O melhor filme do James.
Magnifico.
Quanta diversidade em um so blog...kkk gostei muitoo
tem um selinho pra vc no meu blog bjoss
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