Richard Gere exerceu a sua interpretação mais inspiradora. Talvez pela sexualidade a flor da pele? Ou pelo andar de felino sensual que determinou ao personagem? Definitivamente exalava uma concentração e dedicação mais contundente: tanto que é impossível esquecê-lo no filme Gigolô Americano. Sua personificação: Julian Kaye, um sensual rapaz, típico gigolô másculo em elegância, destinado a mulheres altivas e sofisticadas, ricas ou entendiadas. O sexo é seu ponto forte, determina sua sedução e seu talento com envolvimentos casuais e prazerosos. Julian é o sinônimo da educação pervertida sexualizada: vestido de Armani, transa para satisfazer suas necessidades físicas e financeiras, anda em locais sofisticados, fala cinco idiomas e usa da boa lábia para obter sua satisfação e interesses - não exita em procurar meios para obter sucesso, tanto que é o destemido acompanhante de luxo de mulheres carentes e afins. Para ele, a vida é resumida no gosto pelo culto ao físico, na promiscuidade. Existe vida firmada no puro sexo libertário? A libertinagem consiste, para ele, no ato sexual mesclado com o dinheiro proporcionado pelo prazer. Eis a prostituição mascarada? Julian Kay é o símbolo da juventude descabida e doente de Los Angeles, sem vícios de sentimentalidade ou apego aparente, a sua especialidade é sexo por sexo.
A catarse ocorre: ao se envolver de maneira mais íntegra e romântica com Michelle - uma cliente casada com um político influente, Julian é acusado por assassinato de outra cliente. A problemática desenvolve: será que Julian é mesmo culpado? Ou vítima do sistema que pune com preconceito? Principal suspeito do crime, Julian tem ajuda de Michelle que paga advogados para defendê-lo, no momento que perde a credibilidade até mesmo com a sua cafetina. Ambos tentam, a todo custo, revirar o jogo enquanto a tensão cresce progressivamente. O diretor Paul Schrader conduz com cuidado seu drama sexual sofisticado, determinando uma atuação eletrizante de Richard Gere.
O filme concretiza um panorama da passagem dos anos de 1970 pra 1980, uma década caracterizada por cinismo e materialismo, muito bem contextualizada pelos habitantes-personagens: cafetões, prostitutos, esposas insatisfeitas que traem descaradamente seus maridos políticos degenerados. Julian é o personagem que conceitua o homem confuso, perdido em meio à luxúria e prostituição, ávido pela salvação - ainda que não saiba. A película de Schrader apresenta as contradições da riqueza, da prostituição, explicita as aparências e teias sociais alienantes. A fotografia tem um aspecto de cinema-europeu, em tons vermelhos que comprova o visual caliente do enredo. Há leves nuances e sutilezas homossexuais que ficam subtendidas quanto ao personagem Julian, mas o foco mesmo é na sua redenção. Indispensavelmente saboroso.
A catarse ocorre: ao se envolver de maneira mais íntegra e romântica com Michelle - uma cliente casada com um político influente, Julian é acusado por assassinato de outra cliente. A problemática desenvolve: será que Julian é mesmo culpado? Ou vítima do sistema que pune com preconceito? Principal suspeito do crime, Julian tem ajuda de Michelle que paga advogados para defendê-lo, no momento que perde a credibilidade até mesmo com a sua cafetina. Ambos tentam, a todo custo, revirar o jogo enquanto a tensão cresce progressivamente. O diretor Paul Schrader conduz com cuidado seu drama sexual sofisticado, determinando uma atuação eletrizante de Richard Gere.
O filme concretiza um panorama da passagem dos anos de 1970 pra 1980, uma década caracterizada por cinismo e materialismo, muito bem contextualizada pelos habitantes-personagens: cafetões, prostitutos, esposas insatisfeitas que traem descaradamente seus maridos políticos degenerados. Julian é o personagem que conceitua o homem confuso, perdido em meio à luxúria e prostituição, ávido pela salvação - ainda que não saiba. A película de Schrader apresenta as contradições da riqueza, da prostituição, explicita as aparências e teias sociais alienantes. A fotografia tem um aspecto de cinema-europeu, em tons vermelhos que comprova o visual caliente do enredo. Há leves nuances e sutilezas homossexuais que ficam subtendidas quanto ao personagem Julian, mas o foco mesmo é na sua redenção. Indispensavelmente saboroso.
23 opinaram | apimente também!:
Cris, que incrível! Seu blog ainda tem o poder de me fazer ir ver o preço de alguns filmes que eu já tinha tirado da cabeça logo depois de comentar. Ou quem sabe... ir pesquisar se tá caro outros livros que nunca son hei muito em ler, hehe. Vício cultural, e você provoca isso.
Uma pergunta: esse poster ai foi você que fez não foi não?? De qualquer forma escolheu uma imagem boa que passa pro leitor como você descreve o personagem dele. "Andar felino sensual"??? Ual, tava inspirado hein, kkkkk. Pra falar a verdade fiquei supreso quando abri o blog, mas como vc disse que esse é o único com o Richard Gere que você releva eu entendi.
Sabe, nunca assisti... mas assisti o trailer diversas vezes e li algumas resenha dele pela internet na tentativa de saber se eu o comprava ou não. Agora por exemplo lendo teu post, me bateu um arrependimento de ter largado o dvd de 12,90 na lojaa T.T. Culpa sua! kkkkkkk Culpa sua pq agor alendo me interessei mais ainda. Me lembrou uma coisa meio Psicopata Americano não sei pq.
E brigado pelo pelos elogios lá meu amigo. O talento é teu! Os próximos comentários vão confirmar isso hahaha, duvida?? rsrs
Excelente Natal e Ano Novo, nos falamos pelo caminho. Brigado por tudo.
Abraço Amigo!
Não sei se Richard Gere me convenciaria como garoto de programa. Há algo nele que me faz tê-lo em mente como austero, tímido e retraído - até mesmo no pôster desse filme ele parece querer conversar, e não transar.
A temática do filme parece bem interessante e, a somar, há o ator bem novo, com apenas 31 anos.
Acho interessante como muitos filmes fazem bem ao juntar sexo, dinheiro e crime - é como se esses três elementos se atraíssem e, num determinado momento, se confundissem. E gosto disso. Acredito que isso dê um charme maior às obras que utilizam esse recurso (desde que as obras não sejam pedantes).
Para ser sincero, nunca havia ouvido falar sobre esse filme. Mas parece ser um filme interessante, ou, no mínimo, polêmico. Vou conferi-lo tão logo que puder. Se o encontrar nas locadoras, eu o vejo em janeiro, junto com A Casa Amaldiçoada.
=)
Não tem jeito! Julian Kaye tinha de ser o Richard Gere! Tenho certeza absoluta que o cara é o grande responsável pelo sucesso do filme. Fosse outra a escolha do diretor, não sei não. E você falou tudo! Gere está completo, num trabalho de composição perfeito que se revela através do seu modo de andar, falar, de se comportar...
Perdão pela demora. O tempo anda muito corrido e não tenho tido tempo de aparecer com mais frequência. E, ah! O Apimentário já tá linkado la no "Diz"...
Grande abraço!
Excelente resenha, de todos os blogs que eu sigo este sem dúvida é o melhor!
Gosto de comentar filmes que já tenha visto e American gigolo foi um deles! Este foi um dos primeiros filmes que vi com Richard Gere e notei logo que ele tinha vindo para ficar! O sexo feminino em geral ficou completamente apaixonado pelo seu sex appeal!Além do andar sexy que o caracteriza, tem também um sorriso bonito e muito charme!Ainda no outro dia, o revi no filme Justiça Vermelha e como actor também nada tenho a apontar que o desabone, só posso dizer bem!
Quanto ás subtilezas homossexuais que tu dizes ficarem subtendidas, apesar de já ter visto este filme mais que uma vez, não me aparecebi de nada, mas da próxima vez que o vir, vou ficar atenta, para ver se concordo contigo!
Aproveito para te desejar Feliz Natal!
beijinhos
Cristiano, um feliz natal pra vc e sua família. Felicidades sempre!!!
Gosto e não gosto dele. VAi entender.
Rapaz... o novo filme do Richard Gere, Sempre ao seu lado, é um fiasco!
Abs!
Sem dúvida ambos (personagem e ator) se casaram bem.
Além disso não podemos negar que o próprio estava em seu "auge" na época . - Uma história (bem) desenvolvida com um rostinho só poderia dar certo! E deu!
Feliz Natal!
Oi Cris!
Richard Gere tá um espetáculo neste filme, muito bem descrito por vc. Ele ta charmoso, sensual, sexy, gostoso e tudo o mais na medida certa. Sua resenha sobre o filme está estupenda. No entanto, discordo de vc em uma questão, não vi nenhuma nuance sexual no personagem. Pelo contrário o acho bem másculo.
Belo texto meu jovem e ótima escolha.
Um beijo.
Realmente intrigante e tentador... com certeza vale a pena conferir...
***
umBeijo!
faz muito tempo que vi este filme mas lembro de algumas cenas como a dele em pé na janela completamente nu de perfil e outra em que ele com trejeitos afetados tenta esconder do marido da cliente o que de fato ele é
ambos saem rindo muito depois
um filme que marcou mesmo
Gigôlo Americano, realmente, foi o auge do Richard Gere. Mas, se me permite incluir um gosto pessoal meu e filosofando do modo "quanto mais velho o vinho, melhor ele fica", prefiro ele um pouquinho mais amadurecido....
Pra te ser sincera, não lembro do homossexualismo no filme....
Ahh, e escolhi meu último post antes de ver o seu....olha que coincidência!!rs
bjss
Tive a oportunidade de assistir diversas vezes esse filme do gigolô, mas sempre acontecia algo durante a projeção como se impedisse de assistí-lo. O mesmo acopntecia com bebe de rosemary do polanski que peguei um dia desses e assisti na marra. Obrigado pela participação lá no meu blogger Cristiano. Espero mantes contatos. Parabéns pelo excelente blogger.
Cristiano Parabéns pelo blogger rapaz.Valeu a força.
A escolha de Gere como protagonista foi perfeita. Seu desempenho é brilhante, o que deu um certo charme ao roteiro que poderia ter sido um fracasso tendo sido feito por outro ator.
bjim
Me ensina a escrever resenhas que nem essa? Presente de natal, talvez...
Muito bom, pra variar :)
Um abraço em você.
Nunca gostei dele, seja pelo visual galã ou pelas fracas interpretações ou pelo estereótipo que asumiu nos seus filmes....só foge a esse estereótipo em The Flock(embora esteja fraca a interpretação) e em Oficial e Cavalheiro...
Abraço
http://nekascw.blogspot.com/
É, sem dúvida Julian Kaye, é um dos melhores personagens do Richard,
Talvez o que ele apareceu mais...
os Filmes protagonizados, com Julia Robert, tornava-o coadjuvante, pois o foco maior sempre estava nela.
infidelidade tb é um outro grande filme do Richard.
Adorei o blog...
Que resenha evocativa, até eu quero ter meu bonequinho de luxo. É impressionante como você, através de suas palavras, consegue erotizar o próprio desejo cinéfilo de assistir a um filme, mesmo que seja pela segunda, terceira, tantas vezes.
Tantas vezes eu voltarei aqui!
Abraço,
Madame!
Parabéns Cristiano, sempre acompanho seus projetos. São muito inteligentes!
Confesso que o seu post me fez ter algumas visões mais claras sobre o filme...
Bom, já há uns dois anos meu amor platônico é o Richard Gere! hehe Enfim, eu assisti Gigolô Americano mais por causa dele e por saber que seu passarinho voava em uma cena hehehh... Mas não esperava essa trama toda. Parece um filme focalizado no romance de um gigolô com uma mulher de um político que faz até mudar alguns de seus "hábitos", como não levar mulheres ao apartamento dele... E até mexe com seus sentimentos. Mas o filme se trata não só disso mas de um certo suspense policial, em torno dessa denúncia que armam para ele ser preso...
Acho um filme muito bom! Não deixaria de assistir mais de uma vez... E Richard Gere sempre vai ser lembrado como um galã, o que às vezes faz com que achem que é só um galã sem talento, mas ele mostra uma brilhante atuação, não só nesse filme... (e não falo isso como uma adimiradora apaixonada, digo com minha visão crítica hahahh)
Beijoos e parabéns pelo blog
Eu não concordo que existam nuances homossexuais no personagem, pelo contrário, ele é extremamente provocante , inclusive caminha sensualmente sem medo de ser feliz! Acho que faz parte da composição do garoto de programa irresistível, que tem o que os outros homens não tem pra oferecer ás mulheres!
Acho o roteiro sensacional, um dos melhores filmes americanos de todos os tempos.
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